M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Quando todos os automóveis passarem a ser automóveis, vão estar permanentemente ligados em rede, podendo comunicar uns com os outros, assim como com a infraestrutura de estradas. Assim, poderão planear uma rota instantaneamente, evitando perigos e obstáculos. Mas como vão estar ligados a todos os aspetos da internet, também vão ficar bastante vulneráveis a constantes ataques de hackers.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Este é o aviso de John Chen, diretor-geral da Blackberry, que comparou os carros autónomos nas mãos de hackers a “armas totalmente carregadas” numa entrevista ao jornal britânico Daily Telegraph. A firma de comunicações Blackberry foi escolhida pela Baidu para desenvolver o código dos veículos autónomos que vão ser colocados em ação nas estradas da China. Mas Chen também avançou que “os automóveis autónomos vão ter mais linhas de código que a eletrónica de um avião militar a jato, oferecendo muitas oportunidades aos hackers para serem exploradas”.

Instalar vários vírus informáticos no sistema de um carro autónomo, escondendo-os dentro dos milhões de linha de código, poderá ser extremamente fácil. Chen demonstrou as suas preocupações pedindo para “imaginar o que os hackers podem fazer a um veículo. Eu posso criar um carro autónomo livre de vírus, mas assim que este for para a estrada, vai ser preciso ser verificado constantemente”.

O perigo mais óbvio e mais comum será o ransomware, semelhante ao que já é feito em sistemas de computadores. Os hackers colocam um vírus que bloqueia o computador, e no automóvel poderia ser feito de modo a bloquear o veículo, deixando o condutor fora do carro, ou pior, preso dentro do carro. Hackers com objetivos mais maléficos poderão usar os veículos literalmente como armas, causando acidentes ou até podendo ser utilizado num ataque terrorista.