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Como funciona o limitador de velocidade nos automóveis?

Bugatti Veyron Super Sport Depois de estabelecer um recorde de 431 km/h, a fábrica limitou a velocidade dos carros entregues a clientes a 413 km/h, por motivos de segurança.
Carros de luxo alemães Nos anos 90, quando a BMW e a Mercedes atingiram os 300 cv nos seus topos de gama, as marcas alemãs assinaram um acordo de cavalheiros prometendo limitar a velocidade máxima dos seus carros mais potentes a 250 km/h.
O caso particular do Nissan GT-R Nos primeiros anos, a Nissan limitou a velocidade máxima do desportivo Nissan GT-R a 180 km/h, um limitador que só era desativado quando o carro chegava a uma pista autorizada para participar num track day.
Os "aceleras" do Japão Nos anos 70 e 80, a cultura de corridas de rua em carros modificados, conhecidos como bosozoku, levou a várias mortes no Japão, e as autoriades obrigaram as marcas a limitar a velocidade máxima a 180 km/h.
Estados Unidos e a crise petrolífera A crise petrolífera de 1973 levou as marcas americanas a reagir limitando as velocidades de muitos dos automóveis de produção, geralmente a 110 ou 120 milhas por hora (177 ou 193 km/h).
Microcarros sem carta Os microcarros, veículos compactos de quatro rodas com lugar para condutor e passageiro e motor Lombardini de 4 kW, têm a velocidade limitada a 45 km/h para poderem ser conduzidos sem carta de condução.

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Como a velocidade máxima em Portugal é de 120 km/h, muitas pessoas nem sequer atingiram a velocidade máxima dos seus automóveis. Mas na Alemanha, onde não existe limite de velocidade, muitas pessoas conseguem levar os seus carros a 150, 180 ou 200 km/h. Ou até 250. Mas, às vezes mesmo sabendo que o motor tem mais potência, um condutor sente que o carro não consegue acelerar mais. E a culpa é do limitador de velocidade.

O que é um limitador de velocidade? Trata-se de um programa, integrado no sistema que controla a injeção eletrónica do motor do seu automóvel, que deteta quando o carro se aproxima de uma determinada velocidade. Em mudanças reduzidas, poderia continuar a acelerar até chegar ao “redline” (limite máximo de rotações por minuto que o motor pode atingir), mas na última velocidade (geralmente quinta ou sexta em caixa manual, ou sétima ou ainda mais nas caixas automáticas modernas), o controlo eletrónico da injeção começa a cortar o fluxo de ar e combustível para os cilindros. Como não há mais combustível a entrar para o motor, o carro fica efetivamente impedido de continuar a subir de velocidade.

A implantação do limitador de velocidade foi facilitada pelo uso de sistemas de injeção eletrónica para os motores, que se tornaram populares a partir dos anos 70, pois são fáceis de programar e regular. Embora muitos carros por todo o mundo tenham limitador, a velocidade a que estes são ativados varia conforme a legislação local, por motivos de segurança, para reduzir o consumo de combustíveis fósseis ou simplesmente por consciência do construtor. Explicamos a origem de alguns limites de velocidade na galeria de fotos acima.

Não é muito fácil mexer num limitador de velocidade, pois, geralmente, um condutor não tem acesso aos programas necessários para alterar a programação. Mas as próprias marcas podem desativar o limitador, ou pelo menos colocá-lo numa velocidade mais elevada. Isto depende do automóvel e do quanto um comprador está disposto a pagar para remover este obstáculo.