M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Um dos mais premiados aeroportos do mundo, o Aeroporto de Changi, em Singapura, é também um dos mais modernos. Sendo um ponto de ligação entre o sudeste asiático e a Europa, América do Norte e Médio Oriente, recebe uma média de 170 mil passageiros por dia, com um avião a levantar voo a cada 80 segundos. Como todos os voos são internacionais e viajam para países com diferentes leis de imigração, para acelerar o processo de acesso dos passageiros, muitas das operações são já feitas de forma automática por robôs e sistemas autónomos, sem um operador humano presente.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Changi tem sido alvo de uma grande expansão nos últimos anos, culminando com a construção do Terminal 5, que apenas vai estar pronto no final da próxima década, mas que vai ser o mais moderno terminal de aeroporto do mundo. Maior que os quatro terminais existentes combinados, o futuro Terminal 5 deve praticamente duplicar o tráfego anual do aeroporto internacional de Singapura, esperando receber sozinho mais de 50 milhões de passageiros por ano. Para contraste, os atuais quatro terminais receberam um total combinado de 62 milhões de visitantes o ano passado.

Para mover todas essas pessoas, o número de trabalhadores necessários iria complicar ainda mais o movimento dos passageiros, além de que a população de Singapura tem um número limitado de pessoas capazes de realizar trabalhos manuais. Atualmente, 21 mil pessoas providenciam serviços para o aeroporto. Por isso, a administração do aeroporto de Changi tem usado o recém-construído Terminal 4 para testar os sistemas de automação que vai instalar durante os próximos dez anos no Terminal 5.

Muitos dos serviços do Terminal 4 já necessitam de intervenção humana mínima. Quando um avião estaciona, é identificado pelas câmaras e guiado via laser para a manga de embarque. Na alfândega, apenas se encontra um guarda de serviço, com um sistema automático de leitura de documentos de identificação. Quando o passageiro chega à recolha de bagagens, o tempo de espera vai ser mínimo. Os mesmos veículos autónomos fazem depois o caminho de volta, transportando bagagens do check-in para o próximo voo. O mesmo sistema também processo automaticamente manifestos de carga para aviões de transporte de mercadorias.

Até mesmo o processo de entrega de catering para os aviões e lounges é feito de forma automatizada, incluindo até várias partes do processo de preparação. Quanto aos passageiros, vão poder deslocar-se entre terminais de aeroporto por transportes autónomos, como os autocarros ou o Skytrain, um shuttle que se move sobre carris. Com todos estes sistemas, o aeroporto de Singapura espera diminuir o tempo de espera dos passageiros, com muito menos obstáculos.