Publicidade Continue a leitura a seguir

Conheça o motor de 18 cilindros e 72 válvulas que nunca chegou a um automóvel de produção

Nieuport-Delage NiD-450 Por ordem do Ministério do Ar de França, a Hispano Suiza construiu o R18, um motor de 18 cilindros em W, que foi instalado neste Nieuport-Delage e no rival Bernard H.V. 120 com o objetivo de ganhar a prestigiante Taça Schneider. Ambos falharam.
Savoia Marchetti S.55 Em 1933, o marechal Italo Balbo, da Força Aérea Italiana, encomendeu um motor de 18 cilindros à Isotta-Fraschini, mandou instalá-lo numa esquadrilha destes aviões, e atravessou o Atlântico Norte em 48 horas, partindo na Tuscânia e aterrando em Chicago.
Motor Tatra T955 Em 1943, durante a Segunda Guerra Mundial, a Tatra criou este protótipo, com 18 cilindros e 22 mil centímetros cúbicos, movido a gasóleo, mas nunca foi instalado num veículo. FOTO: Gwafton/Wikimedia Commons CC BY-SA 3.0
Ferrari W16 Rocchi Em 1967, a Ferrari contratou o engenheiro Franco Rocchi para criar um motor de três cilindros em W, para servir como protótipo de um motor de 18 cilindros. Acabou por nunca ser produzido, e Franco Rocchi usou-o o conceito sem sucesso no Life L35 W12, o mais lento motor de Fórmula 1 de 1990. FOTO: Saveferris888/Wikimedia Commons CC BY 3.0
Motor Bugatti W18 A Volkswagen comprou a Bugatti em 1995. Para tornar a marca especial, decidiu usar uma configuração de 18 cilindros em W, nunca tentada em modelos de produção, com nada menos que 72 válvulas. Apesar de ser concebido para um veículo de luxo, usava cabeças, câmaras de combustão e pistões do 1.2 TDI usado no pequeno VW Lupo 3L.
Bugatti EB118 O primeiro Bugatti moderno tinha sido um supercarro. Quando a VW comprou a marca francesa, pensou em criar um modelo de luxo antes de um novo supercarro. Inspirado no 57SC Atlantic, este coupé de quatro lugares foi desenhado por Giugiaro e estreou-se em 1998. O motor W18 tinha 6300 cc e debitava 555 cv sem precisar de um turbo, usando o sistema de tração às quatro rodas do Lamborghini Diablo.
Bugatti EB218 Originalmente concebido em 1993, foi atualizado por Giugiaro em 1998. Tinha o mesmo motor W18 do EB118, agora equipando uma berlina de luxo com 5,38 metros de comprimento. Esteve mais perto de ser um modelo de produção que o EB118, pelo que o destino da Bugatti teria sido diferente se isso tivesse acontecido.
Bugatti EB18/3 Chiron Ainda em 1999, a Bugatti reaproximou-se do conceito de supercarro iniciado com o EB110, criando o EB18/3, batizado com o nome do antigo piloto da Bugatti, Louis Chiron. Agora com motor central, era mais aerodinâmico e mais leve. Mas o motor 6.3 W18 de 555 cv era o mesmo.
Bugatti EB18/4 Veyron Em vez de recorrer a Giugiaro, o carro que iria finalmente marcar o regresso da Bugatti à produção foi desenhado em casa. Mas em vez de ter o famoso motor de 1000 cv, o protótipo ainda usava o W18. Neste fase, chegou-se à conclusão que era demasiado complicado de construir e ficava com a admissão e o escape demasiado próximos. Em vez de uma cambota com três bancos de cilindros, a Bugatti decidiu apostar no W16 com duas cambotas e quatro bancos, que revelou ser mais compacto e compatível com turbos.

Publicidade Continue a leitura a seguir

Em termos de tamanho, existem motores de todos os tipos. O mais comum é o de quatro cilindros em linha, enquanto o de oito cilindros em V é usado normalmente em carros com performances desportivas. O motor da sua scooter provavelmente só tem um cilindro, e um Rolls-Royce tem 12 cilindros em V. Mas o maior que pode encontrar num carro de produção é o de 16 de cilindros em W (ou W16) usado na Bugatti. Mas talvez não soubesse que a marca francesa podia ter usado outra configuração, com ainda mais cilindros, o W18 de 18 cilindros em W.

Esta configuração foi usada brevemente em aviões antes da Segunda Guerra Mundial. Quando a Volkswagen comprou a Bugatti, chegou a considerar usar o W18 nos seus futuros modelos, concebendo uma unidade com uma única cambota e três bancos de cilindros, dupla árvore de cames e um total de 72 válvulas. Com um ângulo total de 120 graus, uma das bancadas estava montada de lado. Mas apesar de se revelar bastante potente, ia ser demasiado complicado de construir, com tubagens por todo o lado e um potencial risco de sobreaquecimento. A Bugatti optou assim por usar o seu famoso W16.