M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Enquanto a SpaceX e a Boeing tentam criar sistemas de propulsão que são fortes o suficiente para levar uma missão a Marte, outras empresas privadas interessadas na exploração espacial apontam para a concretização de projetos mais realistas, incluindo o estabelecimento de colónias na Lua. Uma dessas empresas é a Astrobotic, uma das candidatas ao Google Lunar X Prize, com a nave Peregrine.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O Peregrine é um módulo lunar que se destina a transportar carga à Lua. Com 2,5 metros de diâmetro e 1,5 metros de altura, pode transportar os materiais necessários para o estabelecimento de uma colónia lunar, para exploração científica ou extração de minérios, uma das áreas económicas mais apetecíveis para missões futuras à Lua. Tem capacidade para transportar um máximo de 265 kg de carga.

A Astrobotic instalou sistemas de computação imunes à radiação, com velocidades elevadas de processamento e aterragem autónoma, para compensar a distância entre a superfície da Terra e a superfície da Lua, e com uma margem de 100 metros no ponto previsto de aterragem. Os cinco motores oferecem uma velocidade de 3250 metros por segundo. Os quatro pontos de apoio têm capacidade de amortecimento, e o lançamento de veículos é feito pela parte inferior.

A empresa americana chegou a acumular um total de 1,75 milhões de dólares (1,4 milhões de euros) de prémios da Google, mas não vai conseguir arrecadar o prémio final, pois o Peregrine não vai estar pronto a 31 de março, até porque o seu transporte ia estar dependente da disponibilidade do Falcon 9 da SpaceX, que ainda não consegue fazer viagens à Lua. Mesmo assim, o módulo lunar da Astrobotic está disponível para transportar cargas, ao custo de 1,2 milhões de dólares (965 mil euros) por quilograma. A primeira missão estará limitada a 35 kg.