M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O hidrogénio tem sido avançado como um potencial substituto para a gasolina e o gasóleo nos automóveis há várias décadas, mas a sua implementação em larga escala tem sido constantemente adiada. Embora tenha a vantagem de poder ser reabastecido rapidamente, ao contrário das baterias de lítio dos carros elétricos, e de ter igualmente poluição zero. No entanto, requer medidas adicionais de segurança no armazenamento, e o custo de produção não é dos mais baixos. Mas este último problema já vai poder ser resolvido.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O cobre é o elemento secreto que faltava para fazer com que o hidrogénio seja acessível a todos, como foi revelado num estudo publicado na revista científica European Physics Journal. Um grupo de cientistas da Universidade de Innsbruck, na Áustria, criou um novo modelo que descreve a interação entre agrupamentos de átomos de cobre, que servem como catalisador para a produção de hidrogénio ao quebrar moléculas de água nos seus componentes básicos.

O trabalho teórico indicava que água, quando absorvida por partículas de cobre, transformava-se de forma espontânea numa camada de hidróxido (OH), libertando o outro átomo de hidrogénio sob a forma de gás. Na experiência prática, a equipa liderada por Stefan Raggl conseguiu sintetizar compostos de água e cobre, usando partículas ionizadas de hélio, que depois produzem hidrogénio de forma natural.

Além de facilitar o uso de hidrogénio como combustível em veículos automóveis movidos a célula de combustível, este processo também abre a porta para outras aplicações, industriais, comerciais e médicas, incluindo lubrificantes, tinta para impressoras, e sondas luminescentes.