Esta pele eletrónica pode ser usada para várias aplicações, incluindo próteses para o corpo humano, monitores de saúde portáteis, sistemas robóticos e controlos de realidade virtual. O que tornava esta tecnologia pouco prática era a falta de flexibilidade dos sistemas eletrónicos, necessária para que estes pudessem ser aplicados na película fina de uma luva ou superfícies tridimensionais.
Mas o trabalho desenvolvido por um grupo de inventores portugueses, Pedro Alhais, Hugo Paisana e Aníbal de Almeida (em conjunto com outros dois investigadores, Carmel Majidi e Mahmoud Tavakoli), promete resolver esse problema. Estes conseguiram criar um circuito num papel de transferência normalmente usado em tatuadas, com a ajuda de uma impressora laser. Este foi coberto com uma mistura adesiva de prata e uma liga metálica para condutividade, sendo depois adicionadas microchips colados com partículas magnéticas e um gel alcoólico. Toda esta mistura permitiu aos inventores portugueses transferirem a tatuagem eletrónica para outros objetos e operar um braço prostético e incorporar sensores de proximidade numa mão artificial.
Os inventores portugueses publicaram esta investigação no jornal científico da American Chemical Society, tendo realizado o seu trabalho com financiamento da Fundação para a Ciência e Tecnologia, dirigida pelo Ministério da Ciência.