M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A transformação do automóvel, passando dos motores de combustão para os motores elétricos, tem levado ao desenvolvimento de novas soluções e tecnologias com o objetivo de melhorar ainda mais a eficiência energética de um veículo em circulação. Entre essas soluções, tem havido muito trabalho para reduzir a resistência aerodinâmica, já que obstáculos ao ar causam aumento do consumo. Mas a Audi tem uma solução, que passa pela eliminação dos espelhos retrovisores exteriores.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A Audi vai lançar em breve o seu primeiro automóvel elétrico, o e-tron quattro, um SUV que vai ser bastante diferente dos restantes carros da marca, não só em termos de motores, mas em atenção a vários pormenores. Para conseguir uma autonomia de mais 400 km, a Audi conseguiu um coeficiente de resistência aerodinâmica suficientemente baixo para este tipo de carroçaria, com um valor de 0,28, suficiente para melhorar a autonomia esperada em 35 km.

Uma das áreas em que a Audi trabalhou foi nos espelhos retrovisores, que são bem mais pequenos que o normal, reduzindo a largura total do veículo em 15 cm, reduzindo o arrasto de ar e o ruído causado pela passagem do mesmo. Isto porque não é um espelho verdadeiro, e sim uma câmara, apontando em três direções e transmitindo imagens para um ecrã localizado entre o painel de instrumentos e a porta, acompanhando o movimento normal de olhar para o lado para ver o que se passa na traseira. Se outras marcas copiarem esta ideia, os espelhos retrovisores estão condenados a desaparecer nos automóveis do futuro.

Esta não é a única novidade da Audi. O e-tron vai estar equipado com suspensão pneumática de série, com ajuste automático. A 120 km/h, por exemplo, para melhorar a estabilidade, vai reduzir a altura em 26 mm, viajando mais perto do solo. Toda a parte inferior do carro vai estar coberta, de modo a que o ar circulando por baixo do carro não veja o seu caminho interrompido. Há também uma válvula de admissão de ar na secção dianteira, que normalmente está fechada, mas que pode ser aberta eletricamente para transmitir ar mais frio para o ar condicionado ou refrigeração de componentes mecânicos. Há também uma abertura de ar à frente das rodas, que direcionar o ar de modo a não ficar preso junto às rodas, eliminando resistência aerodinâmica.

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