M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A sonda New Horizons foi criada especificamente para voar até ao planeta anão Plutão, o primeiro do género a ser detetado. Mas agora que essa missão já terminou e a sonda criada pela NASA continua ativa, surgiu a oportunidade para compreender melhor como funcionam os objetos encontrados no cinturão de Kuiper. E foi assim que, durante a passagem de ano, a NASA enviou a New Horizons do objeto mais longínquo detetado no Sistema Solar, o asteroide Ultima Thule.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

O cinturão de Kuiper é a área que circunda o Sistema Solar depois dos planetas gasosos. Embora já tenham sido detetados objetos de grandes dimensões no cinturão, incluindo outros plutoides como Eris e Sedna, nunca se tinham observado objetos tão pequenos como Ultima Thule, originalmente observado em 2014. Conhecido oficialmente como (486958) 2014 MU69, Ultima Thule é um sistema binário por contacto, em que dois objetos estão colados um ao outro, o que lhe dá uma forma semelhante à de um amendoim.

A NASA enviou a New Horizons para passar o suficiente de Ultima Thule para fotografar a superfície do asteroide no dia 1. Para a NASA, foi um acontecimento histórico, pois demonstrou que consegue mover-se no espaço de modo a intercetar um objeto pequeno a grandes distâncias, aproximando-se até 27 mil quilómetros. As fotografias também vão abrir a porta para se conhecer mais sobre as origens do Sistema Solar, pois estima-se que Ultima Thule seja composto por restos do disco de acreção, e que tenha adquirido a sua forma e componentes nos primeiros anos de formação do sistema. A secção Ultima tem 19 quilómetros de comprimento, e a Thule tem 14, e que terão colidido a uma velocidade semelhante à de um acidente automóvel no meio do trânsito citadino.

Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.