M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A agência espacial japonesa, a JAXA, está no terreno a perscrutar os mistérios da formação do Sistema Solar. E a sua mais recente missão, a Hayabusa2 já cumpriu a primeira metade da sua missão, fazendo aterrar no asteroide Ryugu dois robôs Rovers. Estes vão recolher amostras do astro para análise, já que a comunidade científica terrestre acredita que os asteroides do grupo Apollo, que orbitam o sol a muita distância curta da Terra, poderão ter muitos metais em estado puro, e poderão ser alvo de extração de minérios a médio prazo.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Os Rovers batizados apenas Rover-1A e Rover-1B, aterraram no asteróide Ryugu no passado dia 21 de setembro, e já enviaram um pequeno conjunto de fotografias, mostrando a sua superfície. Estes robôs, construídos pelas universidades de Aizu e Tohoku, estão equipados com câmaras fotográficas e termómetros, e são alimentados por painéis solares. Em vez de rodas, deslocam-se via um pequeno impulsionador, para darem pequenos saltos e não saírem do campo gravitacional do asteróide. Outro Rover, chamado MASCOT, vai aterrar em outubro e vai estar equipado com aparelhos para medir a composição química do asteroide.

Até ao final de 2019, a expedição japonesa vai terminar de coletar amostras de solo, para poder depois regressar à Terra em 2020. Mas existe a hipótese da Hayabusa2 estender a sua missão até 2023, para poder analisar um segundo asteroide. Ao escolher o Ryugu como alvo, a expedição foi construída de modo a seguir os passos da lenda do Palácio do Dragão (“ryugu-jo”), em que um pescador, Urashima Taro, tem que viajar ao palácio subaquático, montado numa tartaruga (como os robôs foram montados na Hayabusa2), regressando a casa com uma caixa contando um mistério, tal como as amostras do asteroide.

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