M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Uma nova ferramenta foi criada para entender como os condutores vão reagir à condução de carros autónomos ou com funções semi-autónomas. A Ansible Motion desenvolveu um simulador que serve para testar como tecnologias autónomas afetam o trânsito automóvel, seja como sistemas auxiliares de condução como em veículos 100 por cento autónomos. Com este sistema, os construtores podem utilizar os dados para antecipar problemas nos sistemas de autonomia e reações do condutor.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Para criar a simulação, a Ansible Motion replicou os habitáculos de automóveis reais, de modo a que a experiência de condução no simulador fosse o mais genuína possível. Deste modo, podem ser levados em conta detalhes como tempo de reação e posição dos controlos de sistema no volante ou consola central. O aparelho está em atividade na cidade britânica de Hethel, não muito longe do quartel-general histórico da Lotus.

O simulador tem vários cenários à escolha, pelo que é possível simular até cem anos de pesquisa real no terreno em apenas alguns meses de utilização do simulador. Em termos práticos, este simulador já rendeu dados preciosos para a condução no mundo real, destacando-se o desenvolvimento de sistemas de travagem de emergência, que se baseiam em dados obtidos por sensores e que recorrem a uma inteligência artificial para responder mais depressa que uma reação humana.

Enquanto os sistemas de assistência de condução e de autonomia parcial estão disponibilizados em todo o mundo, as necessidades dos condutores podem variar de país para país. O simulador da Ansible Motion já notou que os condutores chineses necessitam de avisos diferentes dos europeus em caso de mudança de faixa, por exemplo. Desta forma, os sistemas de inteligência artificial podem aprender a adequar as suas respostas no trânsito não só a mercados diferentes, mas também a necessidades individuais.