M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A introdução de tecnologias autónomas nos automóveis tem levado a muita investigação sobre as consequências sociais da sua implementação a médio e longo prazo. Enquanto novos padrões de trânsito e novas utilizações para além da mera posse e condução do veículo, o condutor atual tem sido ignorado. É que os carros podem não ser 100 por cento autónomos, mas muita desta tecnologia já está disponível. E com grande vantagem em termos de custos de combustível.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Um estudo científico publicado pelo Instituto Stevens de Tecnologia, em Hoboken, próxima de Nova York, procurou investigar como é que as novas tecnologias autónomas beneficiam os automobilistas no que diz respeito aos custos diários de utilização do veículo. Estas tecnologias incluem cruise control que se adaptam automaticamente às situações de trânsito, avisos de perigos na estrada ou assistência no estacionamento. Acelerações e travagens são geridas de um modo mais eficiente pelo sistema de inteligência artificial do que através de um humano a carregar em pedais e a trocar de mudanças.

Em termos práticos, o estudo estimou que as tecnologias autónomas podem reduzir os consumos de combustível em 6 a 23 por cento, dependendo do tipo de automóvel ou das condições de terreno. Usando os valores americanos de combustível, um condutor pode reduzir os consumos entre 100 e 450 litros por ano, correspondendo a 60 a 266 dólares. Levando em conta que a gasolina é bem mais barata nos Estados Unidos, em Portugal, com tecnologias autónomas instaladas no carro, um condutor poderá poupar entre 160 e 700 euros por anos.