Um grupo de engenheiros do Instituto de Tecnologia da Geórgia, nos Estados Unidos, criou um chip inspirado no cérebro humano, que consegue reduzir o consumo de energia dos motores e sensores instalados em dois mini-carros inteligentes. Mesmo assim, estes têm potência computacional para aprender a percorrer um trajeto, aprendendo um com o outro qual a forma mais eficiente de se deslocarem sobre um tabuleiro com obstáculos.
Para conservar energia, os chips usam um processador híbrido, misturando sinais digitais e analógicos. Desta forma, dois ou mais aparelhos podem trabalhar em conjunto, trocando informação entre si, tornando mais eficiente o uso de máquinas de pequenas dimensões para funcionarem em enxame, em missões de localização, observação e salvamento, por exemplo. Com um tamanho pequeno o suficiente para caber na palma de uma mão, estes mini-carros aprenderam a pensar em conjunto, consumindo apenas alguns miliwatts de energia.
Os dois mini-carros foram equipados com sensores de inércia e ultrassom, que determinam a sua localização e ambiente em redor, e que fornecem informação para o “cérebro” híbrido processar. Normalmente, seria este sistema a consumir a maior parte da energia, que agora pode ser direcionada para as rodas, permitindo-lhe trabalhar no exterior durante muito mais tempo. Mas a equipa de técnicos da universidade americana quer ir ainda mais longe, e colocar os motores a consumir tão pouca energia como o “cérebro”. Assim, computadores móveis do tamanho de uma caixa de fósforos poderiam trabalhar durante horas com a energia de uma comum pilha AA.