O acordo a assinar, muito em breve, com o promotor do campeonato, é válido por três anos.
A prova vai para a estrada nos dias 3 e 4 de outubro e tem como palco a região de Fafe, com fortes tradições no desporto automóvel e com especial ênfase nos ralis, graças ao trabalho desenvolvido pelo Demoporto, pela FPAK (Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting) e município de Fafe,
A pandemia Covid 19 obrigou o promotor do ERC — Eurosport Events — a vários adiamentos e cancelamentos de provas, situações que retardaram o arranque do campeonato, previsto, inicialmente, para março nos Açores, .
Com o calendário de oito provas, finalmente delineado, foi a vez de ser adiado o Rali Barum Zlin.
A não realização, este ano, da prova da Republica Checa, uma das mais emblemáticas da competição, abriu a porta ao Rali Montelongo, organizado pelo Demoporto.O Rali de Montelongo, prova do Campeonato Norte ascendeu, deste modo, do patamar regional ao europeu, algo com contornos inéditos no mundo dos ralis.
Seis especiais por três vezes
A edição de 2020 era prova candidata ao Europeu de Ralis Históricos, pelo que a quilometragem de troços cronometrados fora aumentada para 130 km. No entanto, face às exigências do ERC, a estrutura da prova terá duas etapas e cerca de 180 km em classificativas, o equivalente à tripla passagem pelas especiais de Montim, Queimadela/Travassós, Várzea Cova, Monte, Anjos e Guilhofrei, as duas últimas já no concelho vizinho de Vieira do Minho.
O centro nevrálgico da prova será no pavilhão Multiusos, paredes-meias com o parque de assistência.
Um grande desafio para o Demoporto
«É um grande desafio e uma oportunidade que o Demoporto recebe de braços abertos. Pela nossa parte, não vamos poupar esforços para que a prova seja um êxito», referiu Carlos Cruz, presidente do clube organizador.
Ni Amorim, presidente da FPAK, sublinhou que «depois do anúncio do regresso da Fórmula 1 a Portugal, este é mais um momento que me deixa imensamente feliz e, ao mesmo tempo, orgulhoso do espírito empreendedor que nós, portugueses, colocamos em tudo aquilo que acreditamos».
Para aquele responsável, «ter duas provas da mesma competição internacional no mesmo país, pois o Azores Rallye mantém-se no calendário, é um feito inédito para o desporto automóvel português».
Grande entusiasta do desporto automóvel e piloto, Parcídio Summavielle, vice-presidente da Câmara de Fafe, tem sido a pedra angular no processo negocial para colocar a catedral dos ralis no mapa do Europeu:
«Tenho defendido sempre que o grande objetivo e aposta da Câmara era ter um rali de asfalto e um de terra que, a qualquer momento, poderia ser candidato a qualquer coisa internacional. Em 2020, o Serras de Fafe esteve perto, mas fui bem claro, ao dizer que apenas e só tal aconteceria no caso de os Açores não poderem continuar. Há que respeitar os investimentos e as apostas de outras regiões. Agora surgiu-nos a oportunidade, para já, num rali de asfalto».
No entanto, o autarca não deixou de fazer um apelo:
«Será necessário muito cuidado, em termos do cumprimento das normas de higiene, para não se verificarem excessos».
Em termos de Campeonato Norte terá 70 km ao cronómetro, ou seja, o equivalente à 1.ª etapa (sábado), embora quem desejar possa efetuar o rali na íntegra.
Os Clássicos cumprirão a etapa de sábado e terminarão no final da manhã de domingo.
