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A ilha da Berlenga, ao largo de Peniche, passou a contar com um conjunto de painéis fotovaltaicos e um sistema de armazenamento para a produção e distribuição de energia solar, num investimento de 350 mil euros realizado pela EDP Distribuição, deixando de parte o Diesel como meio de produção de eletricidade.
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Em nota de imprensa, a EDP explica que o fornecimento de eletricidade na ilha “era de algumas horas e condicionado ao consumo, sendo realizado com recurso a geradores alimentados a Diesel”, sendo que o investimento agora concluído e posto a funcionar permite “substituir o combustível por fontes de energia renovável, garantindo a qualidade e continuidade de serviço, a redução das emissões de dióxido de carbono (cerca de 40 toneladas por ano) e a preservação do património natural”.

Os painéis fotovoltaicos, com capacidade para produzir 150 quilowatts de energia, e o respetivo sistema de armazenamento e monitorização remota foram instalados em 390 metros quadrados, no lado noroeste da ilha.

“Este projeto permitiu encontrar uma solução mais eficiente e sustentável a longo prazo, tornando a ilha da Berlenga uma referência”, referiu João Marques da Cruz, administrador executivo da EDP com o pelouro da Distribuição, citado na nota de imprensa.

“A instalação de um parque de painéis fotovoltaicos permitiu-nos ultrapassar mais uma etapa na consolidação do estatuto de Reserva Mundial da Biosfera da UNESCO, bem como dotar aquele território de equipamentos, infraestruturas e serviços que permitirão entendê-lo no futuro próximo como autossuficiente, mais sustentável e protegido”, afirmou o presidente da Câmara Municipal de Peniche, no distrito de Leiria, Henrique Bertino.

Esta alternativa de energia sustentável vem substituir o uso de aerogeradores alimentados a combustível, reduzindo assim o transporte de combustíveis de Peniche para as Berlengas as emissões de dióxido de carbono e permite fornecer eletricidade às casas do bairro dos pescadores, ao restaurante e ao café.

O investimento da EDP integra o projeto para tornar a ilha autossustentável em termos de geração de energia, produção de água potável e tratamento de águas residuais, que envolve o município e outros parceiros tecnológicos há mais de dez anos.

A pensar na autossustentabilidade da ilha, o município tem um projeto, orçado em mais de 150 mil euros, para construir uma estação de tratamento de águas residuais, para tratar os esgotos da ilha, e quer candidatá-lo a fundos comunitários. A autarquia pretende também substituir a rede de abastecimento de água local.

Recorde-se que o arquipélago das Berlengas, no distrito de Leiria, foi classificado em 2011 como Reserva Mundial da Biosfera pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) e tem estatuto de Reserva Natural desde 1981.

Com Lusa.

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