Já pode levar para casa um carro que pertenceu a um rei

08/10/2020

São várias as características que poderão acrescentar valor a um automóvel clássico. Entre elas, a sua raridade, o interesse histórico e, claro, o estado de conservação, mantendo ou não as características principais e sem alterações significativas. Mas também há automóveis que despertam a cobiça dos colecionadores pelas personalidades que tiveram ao volante. É o caso destes dois desportivos, que foram carros de reis.

O Aston Martin DB2/4 3.0 Sports Saloon que pertenceu ao rei Balduíno da Bélgica e o belíssimo BMW 507 comprado por Constantino II da Grécia, no final da década de 50, quando ainda era príncipe, são cabeças de cartaz do leilão que a reputada Bonhams vai realizar no próximo domingo, dia 11.

Aston Martin DB2/4 3.0 Sports Saloon pertenceu ao rei Balduíno da Bélgica

O Aston Martin que pertenceu à Casa Real da Bélgica chegou ao mercado em 1953. Tratava-se de versão especial do DB2, de que forma produzidas apenas 565 unidades, com modificações no eixo traseiro e depósito de gasolina mais pequeno, passando de 72 para 64 litros. Mexidas suficientes para aumentar as cotas habitáveis e os acessos aos lugares posteriores. O clássico a leilão inclui toda a documentação que atesta a compra com a assinatura do rei Balduíno. De série contava com motor de 2,6 litros a debitar 125 CV, mas esta versão dispõe de bloco mais potente, com 3 litros de capacidade de 140 CV. A marca anunciava 190 km/h e 0 a 100 km/h em 11 segundos, performances de luxo para a época. O modelo permaneceu na família real até meados de 2010, altura em que terá sido vendido a um colecionador alemão. Poderá render em leilão cerca de 300 mil euros.

BMW 507 foi lançado com motor V8 a debitar 150 cv

O BMW 507 poderá ultrapassar largamente este valor. Este modelo bávaro surgiu no mercado como reposta ao sucesso do Mercedes 300 SL. Desenhado por Albrecht von Goertz, o criador do BMW 503, foi um dos modelos mais belos da marca da hélice, mas os custos avultados de produção ditaram um posicionamento tão exclusivo que limitou muito a performance comercial – só 252 exemplares foram produzidos entre 1956 a 1959. Para um príncipe, o preço era, obviamente, o menor dos problemas. E Constantino acabou por render-se a um exemplar de 1959, automóvel que permaneceu na família até 1989. Nesse ano foi comprado por um particular que o enviou para restauro. O projeto ficou a cargo dos especialistas da Brummer e levou três anos (e 150 mil euros!) a concluir.

Exemplar que pertenceu a Constantino II da Grécia tinha matrícula com apenas dois dígitos

Foi mantida a mecânica V8 OHV de fábrica, construída em alumínio, de 3168 cc de cilindrada e equipado com dois carburadores duplos Zenith 32NDIX, debitando 150 cv às 5000 rpm, o que era excelente para a época.

Está avaliado em mais de 2 milhões de euros.

 

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