M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
A Fórmula E já está bem lançada para, a médio prazo, substituir a Fórmula 1 como categoria máxima do desporto automóvel. Mas continua a ser o único campeonato internacional para carros elétricos, e para lá chegar é preciso passar por categorias com tradicionais motores a gasolina. Falta um campeonato para os pilotos de Fórmula 1 do futuro aprenderem a pilotar um carro elétrico de corridas. Felizmente, esse campeonato vai chegar em 2020, a Electric Racing Academy, ou ERA.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

A ERA vai começar no verão de 2020 e vai ser um campeonato de oito jornadas, que vai ter lugar na Bélgica, Holanda e Reino Unido. O carro usa um chassis construído no Japão pela Dome, empresa especializada em competição automóvel, na Super Fórmula (antiga F. Nippon) e nas 24 Horas de Le Mans, tendo sido associada, durante a sua história, da Toyota e da Honda. O motor e a bateria vão ser revelados em junho, mas vão estar limitados a 130 kW (177 cv) de potência e 24 kWh de capacidade, respetivamente. A ideia é que a bateria consiga fazer duas sessões de qualificação sem reabastecimento, e que tenha energia para cada uma das duas corridas de 23 minutos que irão compor um fim de semana. Desta forma, jovens pilotos vão poder aprender todos os truques de um carro elétrico, para chegarem melhor preparados à Fórmula E.

Com o objetivo de reduzir custos, vai ter duas classes, a Sports, destinada a pilotos que querem chegar e correr, e a Innovation, onde a equipa poderá desenvolver e o motor em separado. Esta estará aberta a construtores ou fornecedores independentes da indústria automóvel. Cada corrida vai dar pontos aos dez primeiros, tal como na Fórmula E, e pontos aos três primeiros da qualificação. A ERA vai ser organizada pela Driving Force, conglomerado que organiza um troféu monomarca da Porsche na Bélgica e que também gere uma equipa associada da marca alemã, a Prospeed, tendo já participado nas 24 Horas de Le Mans e 24 Horas de Spa.