M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
O carrinho de golfe não é um veículo apropriado para o transporte na estrada, pelo que não é dada muita atenção ao seu conforto e à proteção dos ocupantes. Afinal, não é suposto andar a acelerar nos caminhos do campo de golfe, e qualquer velocidade de cruzeiro deve ser suficiente para um grupo de jogadores viajar algumas centenas de metros sem se cansar.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Mesmo assim, uma máquina destas é capaz de acelerar até aos 50 km/h, e existem sempre obstáculos num campo de golfe. Não só há o risco de se atropelar pessoas ou colidir contra outros carrinhos, também existem árvores, pequenos lagos ou cercas que é preciso evitar. E um carrinho de golfe pode ser leve, mas não tem a manobrabilidade nem a capacidade de travagem de um automóvel. Um acidente é sempre possível, e o condutor e os passageiros não têm qualquer proteção.

Foi exatamente isso que foi revelado num teste de colisão do EuroNCAP com um carrinho de golfe, que foi submetido à mesma série de testes de um automóvel de passageiros convencional. Embora tenha um cinto de segurança, que pode oferecer alguma segurança a velocidades de 15 ou 20 km/h, o veículo torna-se uma armadilha mortal a 50 km/h, não tendo qualquer rigidez em caso de colisão, nem absorvendo energia. O condutor vai ter o seu peito esmagado pelo volante antes de levar com o peso do banco em cima. Em colisão lateral, o mais provável mesmo é que o condutor morra no impacto com o pescoço fraturado. Por isso, se é daqueles que gosta de fazer corridas com os carrinhos de golfe… não faça isso.