Korenek, 15 vezes campeã americana de ciclismo e proprietária de uma firma de sistemas de segurança, já era a mulher mais rapidamente do mundo em bicicleta, tendo atingido os 237,7 km/h em 2016. Mas o seu objetivo era reclamar para si o título de recordista mundial, conseguindo bater os 268,75 km/h atingidos em 1995 pelo holandês Fred Rompleberg, e estabeleceu o novo recorde de velocidade por uma larga margem. Os 296 km/h excederam as expectativas, pois o objetivo era só atingir os 280. E para isso Denise contou com a ajuda de outra mulher, Shea Holbrook, aos comandos de um dragster.
Embora a bicicleta tenha que ganhar velocidade sem ajuda externa, para bater a resistência do ar é preciso seguir atrás de outro veículo, algo que é absolutamente necessário desde 1973. Shea Holbrook, conhecida por ter sido sete vezes campeã norte-americana de carros de turismo, pilotou o dragster à frente da Project Speed de Denise Mueller-Korenek, com uma proteção que servia para desviar o ar. Primeiro, Korenek foi rebocada a uma velocidade elevada, depois teve que manter essa velocidade apenas com a força das pernas. Mesmo sem resistência do ar, o sol levantado pela passagem do dragster atingiu com força durante vários segundos.
Além do dragster, Denise contou com a ajuda da KHS Bicycles, que financiou a construção de uma bicicleta especial pelas mãos do especialista Len Lochmiller, da SDWheelworks. Todd Schusterman da Davinci Designs concebeu carretos especiais para poder transformar a força da pedalada em velocidade máxima. A Project Speed também foi equipada com pneus de moto de 17 polegadas, um quadro alongado, suspensão especial e um guiador com amortecimento de impacto.
