Apresentado no passado mês de junho, o surpreendente Lightyear One está entre os projetos mais interessantes entre tantos protótipos elétricos que viram a luz do dia recentemente. Desde logo, porque conta com o todo o know-how de um grupo de engenheiros e estudantes de engenharia, com vasta experiência na produção de carros solares para a competição. Desenvolvido de raiz pela Solar Team Eindhoven, equipa constituída por alunos da Universidade Técnica daquela cidade holandesa, e que se sagrou campeã numa das categorias na edição deste ano do World Solar Racing Challenge, no início de outubro, o Lightyear One tem em vista a comercialização, prevendo-se que as primeiras 100 unidades comecem a ser fabricadas a partir de 2020, obrigando potenciais interessados a efetuar reserva no valor de 119.000€, com um primeiro depósito de 19.000 €.
Entre os elementos diferenciadores, a utilização massiva de painéis fotovoltaicos na sua carroçaria, a permitir o carregamento das baterias apenas pela exposição solar. Segundo a start-up holandesa, é possível recuperar até 60 quilómetros de autonomia com este sistema. O que significa que o modelo equipado com 4 motores elétricos, um por roda, poderá percorrer até 725 quilómetros com uma única carga de bateria.
Peso-pluma e aerodinâmica de recordista
A resposta para os valores verdadeiramente notáveis anunciados para este veículo está no peso muito inferior ao de um elétrico convencional, pois o Lightyear One não só dispõe de módulo de baterias que é bastante mais pequeno que o habitual, como toda a conceção recorre a materiais leves. Outra explicação para os níveis ótimos de eficiência está nos valores de aerodinâmica que são referenciais entre berlinas com capacidade para transportar cinco ocupantes.
Com um coeficiente aerodinâmico (Cx) de apenas 0,20, o carro-solar holandês é candidato a estabelecer um novo recorde, que até agora pertencia ao Mercedes-Benz Classe A, com a marca 0,22 Cx no túnel de vento.
