No fim de tudo, a única coisa que fica é um grupo maior ou menor de pessoas a despedirem-se no aeroporto. Depois do fim, afastar-se-ão no carro, voltarão à cidade de onde estou a ponto de partir. Os dias em que estivemos juntos irão dissolver-se como um rio que atravessa a foz e encontra o oceano. Então, terei malas empilhadas num carrinho e, sobre um chão de mármore, contornarei outros carrinhos em movimentos redondos e em pequenas atenções. Mais tarde, será quase preciso que nos tenhamos amado durante segundos para sermos capazes de trocar dois ou três e-mails. Se apenas […]
Apenas passageiros a partir deste ponto: uma crónica de José Luís Peixoto
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