Nem só os seres humanos sofrem com os efeitos da pandemia. Mesmo que de uma forma diferente e indireta, os automóveis acabam por ser vítimas colaterais da Covid-19, embora a sua relevância tenha de ser relativizada atendendo às necessidades de reduzir os riscos de contágio na sociedade. Impõe-se, assim, maior cautela e consciência social para conter as transmissões do coronavírus que tem alterado a vida de todo o mundo desde janeiro de 2020.
Ainda assim, saiba que depois deste período, poderá encontrar problemas com o seu automóvel devido aos longos períodos de inatividade a que foi sujeito. Eis os pontos nos quais as probabilidades de encontrar problemas são maiores.
1. Bateria
Se der à chave ou carregar no botão de ignição e nada acontecer, não estranhe. Fruto do muito tempo parado, há uma grande possibilidade de a bateria ter descarregado, sobretudo no caso de já ter alguma idade.
Conjugando-se isso com o tempo frio, que não lhes dá nenhuma ‘saúde’, poderá ter a necessidade de substituir a bateria a curto prazo. Solução (que não é infalível) pode ser desligá-la, assim deixando de alimentar os sistemas eletrónicos que se mantêm a consumir energia da bateria.
2. Pneus
Os pneus são feitos para rolar pelo que muito tempo de imobilização poderá causar defeitos no seu formato por terem de suportar o peso do veículo no mesmo ponto de pressão com o piso. A situação tende a piorar se a pressão dos mesmos for incorreta, sobretudo se for inferior à recomendada.
3. Líquidos
Os veículos contam com diversos líquidos importantes, sobretudo os do sistema de refrigeração e do óleo de motor. Estes dois são aqueles que podem apresentar maior variabilidade nos seus níveis em virtude de estarem parados – pequenas fugas podem surgir por ruturas nas tubagens. Assim, há dois aspetos importantes: em primeiro lugar, ao ligar o motor, deixá-lo funcionar sem acelerar durante alguns instantes para que o óleo consiga lubrificar todos os componentes e, em segundo lugar, observar o lugar onde o carro esteve estacionado, uma vez que manchas no chão podem revelar essas mesmas fugas.
Já agora, mantenha também o depósito de combustível com um nível elevado e não em níveis próximos aos da reserva, o que ajuda a manter a ‘saúde’ do próprio depósito e do motor (ao evitar uma acumulação excessiva do ar). Consegue, ainda, ter combustível necessário para uma qualquer emergência.
O tempo de paragem pode fazer com que o sistema de climatização do veículo perca eficácia, mesmo que momentaneamente. Além disso, é importante deixá-lo funcionar com as janelas abertas e sem ninguém no carro para o caso de existirem partículas de pó presentes nas condutas e nas saídas de ar do habitáculo. Nestes casos, é recomendável que limpe as mesmas com um pano e uma escova fina ou pincel.
Não se esqueça, ainda, que o estacionamento debaixo de árvores ou arbustos pode aumentar os problemas no sistema de climatização, com partículas, folhas e pequenos ramos a causarem entupimentos também nos canais de drenagem da água das chuvas.
São casos raros, mas podem também acontecer. Com o veículo parado, as pastilhas de travão podem ‘colar’ aos discos. Com a humidade e o frio, este fenómeno pode ser mais comum. A solução – se possível – será movimentar o carros uns centímetros para a frente e para trás, embora não seja fácil em muitos casos e obrigue à sua saída de casa. Se tal não é recomendável nos dias que correm por imperativos sanitários, não se espante que ao tentar conduzir, o veículo não se mova nos primeiros instantes.
