Segundo um estudo observacional conduzido em 2017 pela Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP), mais de 95% dos condutores e passageiros adultos do banco de frente não dispensam a utilização dos respetivos cintos de segurança, resultado que colocava Portugal como o sexto país europeu com maior taxa de utilização daquele equipamento. Mas ainda há quem arrisque… Sobretudo nos lugares posteriores, onde apenas 69.1% dos adultos no estudo viajavam com cinto de segurança.
Segundo as autoridades as desculpas e teorias que explicam a infração variam, a grande maioria infundadas. Verdadeiro ou falso, esta é a lista dos mitos mais comuns sobre a utilização do cinto de segurança:
Conduzo um automóvel com muito sistema de segurança ativa!
Nenhum dispositivo na lista de equipamentos dos automóveis modernos substitui o cinto de segurança. Ao contrário, todos os sistemas são complementares. Só o cinto de segurança impede que o ocupante do veículo seja projetado em caso de embate violento.
Na cidade o cinto de segurança não é necessário!Para além de obrigatório, o uso do cinto de segurança em cidade é fundamental em qualquer momento da condução, mesmo dentro das pacatas localidades. Basta perceber que a 50 km/h, um embate frontal pode ser fatal. Os estudos revelam que a esta velocidade uma pessoa com 70 kg seria projetada com um peso superior a 3000 kg.
É já ali, não preciso colocar o cinto!
As estatísticas mostram que é precisamente o oposto; a maior efetividade do cinto de segurança regista-se a baixas velocidades. Perceba que se embater num objeto parado à velocidade de apenas 20 km/h, o seu peso corporal multiplica-se por 15!
Muito ocupantes saíram ilesos de um acidente porque foram cuspidos do automóvel!
Atrás não necessito de cinto!
Falso: os estudos provam que o uso do cinto de segurança no banco frontal diminui em 45% as probabilidades de morte em caso de acidente; banco traseiro reduz-se em 75% o risco.
