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Porque perdem os motores rendimento quanto mais se sobe?

Com os cálculos de consumos e de potência a serem efetuados tendo por base o nível do mar, há depois, uma discrepância nesses valores conforme a altitude aumenta, acabando esta por ter influência no combustível gasto e na forma como a potência é entregue às rodas.
A resposta, de forma muito simples, está relacionada com a forma como decorre o processo de combustão de um motor a gasolina, por exemplo. Ou seja, como todos sabem, a potência é gerada a partir da combustão que ocorre no seio do motor, sendo necessária a presença de oxigénio e combustível para uma mistura que, depois, gera a potência, de forma muito simplificada.
O que acontece é que quanto mais se sobe, menos oxigénio existe e isso reflete-se na performance do motor, que perde rendimento dessa forma. Há, por isso, a obrigatoriedade de acelerar mais ou de recorrer de maneira mais corrente à caixa de velocidades (no caso de um modelo automático, a gestão eletrónica encarrega-se de o fazer por si mesma).
Estima-se que, por cada 100 metros que se sobe, a potência decresce em 1%, enquanto o consumo médio aumenta na mesma proporção, ou seja, 1%, embora estes valores possam variar de acordo com o modelo. Certo é que existe uma redução na potência e se você o sente não é porque o carro está com um problema.
Façamos um cálculo simples: na subida para a Serra da Estrela, ponto mais alto de Portugal Continental, que fica a 1.993 metros de altura, o motor perde cerca de 20% de potência e o consumo aumenta quase na mesma ordem.
Mas isso não acontece apenas quando se sobe. Por exemplo, nos dias de calor mais intenso, também se verifica uma perda de potência no motor dos carros, sobretudo naqueles com turbocompressor. Nestes, entrando num campo à parte, importa mencionar que o seu rendimento advém do trabalho do intercooler para arrefecer o ar ambiente e que, com a temperatura muito elevada do exterior, o ar que recebe vem já mais pobre). 
Temperaturas mais baixas significam, pois, geralmente, um ar mais denso, logo mais carregado de oxigénio, fundamental para a combustão interna. Recorde-se que, em qualquer um dos casos descritos acima, o ar mais denso permite uma entrada maior de oxigénio no cilindro, o que permite mais combustível queimado de forma eficiente e, logo, mais potência produzida.
Contudo, os carros modernos estão mais preparados para estas circunstâncias, com as centrais eletrónicas de gestão do motor a tratarem de equilibrar a mistura da combustão, mesmo que exista sempre uma perda de eficácia em termos de produção de motor e nos consumos.

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Quem faz muitos quilómetros ao volante, certamente já se terá deparado com uma diferença no rendimento do motor do seu carro em estradas de maior altitude. Mais do que uma ‘impressão’, essa é uma realidade que afeta os motores de combustão interna e que está relacionada com a simples noção de ar mais rarefeito.