M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador
Quantas pessoas em Portugal têm carta de condução? E quem são essas pessoas, e o que seria considerado um automobilista comum em Portugal? De acordo com dados do Instituto de Mobilidade e Transportes publicados em abril, se os nossos leitores apontassem para um automobilista ao acaso, o mais provável é que este seja um homem com idade entre 40 e 49 anos. Portugal é um país onde há mais homens que mulheres a conduzir, e onde a população prestes a atingir a meia-idade tem mais necessidade de ter uma carta de condução.
M. Francis Portela
M. Francis Portela
Investigador

Seja qual for o grupo etário, o número de homens com carta de condução é sempre superior ao de mulheres. Dos 6.466.605 condutores, 3.709.460 são do sexo masculino, correspondendo a 57,4 por cento, contra 2.756.595 mulheres, ou 42,6 por cento. A paridade está mais próxima nos grupos etários entre 20 e 29 anos, 30 e 39 anos e 40 e 49 anos, onde a divisão está próxima dos valores de 53 por cento para homens e 47 por cento para mulheres. No grupo de novos condutores, com menos de 20 anos de idade, a diferença percentual entre homens e mulheres é quase tão grande como a do grupo etário entre 60 e 64 anos, indicando que, entre os mais jovens, há mais mulheres a escolherem tirar a carta mais tarde que os homens.

Dos grupos etários com carta, o mais representado é o dos 40 a 49 anos, que corresponde a cerca de 1,5 milhões ou um quinto dos condutores portugueses. Superior ao número de encartados entre 30 e 39 anos (1,2 milhões) e ainda mais em relação ao grupo entre 20 e 29 anos (menos de 900 mil), aponta para uma série de fatores sociais, como uma geração que teve melhor acesso ao automóvel ao mesmo tempo que teve necessidade de um transporte pessoal. O grupo etário mais novo, entre 30 e 39, tem uma maior percentagem populacional nascida em centros urbanos, com melhor acesso a transportes públicos e menos necessidade de carro próprio. Entre 20 e 29 anos, juntam-se uma degradação das condições económicas para poder ter um carro e uma tendência generalizada em países industrializados para não ver o transporte pessoal como uma necessidade primária.

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