Os automóveis, nesta cidade, podem sofrer muito desde temperaturas elevadas, areias do deserto e até ruas a abarrotar. Modelos clássicos não são incomuns, no entanto, normalmente encontram-se em becos escondidos, escondidos em garagens num estado precário. Um coleccionador, no entanto, decidiu preservar uma “fatia” de história automóvel do Egipto.
O coleccionador Mohamed Wahdan, de 52 anos, afirma que acumulou mais de 250 modelos clássicos e a maioria foi descoberta dentro do seu país. Uma colecção com este número de exemplares colocá-o como um dos maiores coleccionadores do mundo.
A rica história do Egipto é um factor que ajuda na procura de antiguidades com os seus mercados históricos, os souqs onde se vendem muitas lembranças, réplicas e items genuínos de tempos passados. O Egipto, um antigo protectorado britânico, era um destino muito procurado para os europeu no final do século IX e na primeira metade do Século XX. Para além disso comunidades italianas, gregas e judaicas floresceram no Cairo e na cidade de Alexandria.
Recentemente os automóveis de Wahdan ficaram conhecidos pela sua presença numa série de televisão que decorre nos anos 30. Ele repara que o interesse em veículos clássicos está a crescer no seu país com mais pessoas a dirigirem-se a eventos em que os seus modelos estão expostos.
O exemplar mais antigo deste coleccionador é um Ford T de 1924 que pertenceu ao último monarca Egípcio, o rei Farouk, e que pode ser considerado digno de um museu. Wahdan afirma que detém um carinho especial pela sua primeira compra, um Mercedes-Benz de 1970. Como os seus outros veículos, não o conduz frequentemente, mas afirma que nunca o conseguiria vender, e isto aplica-se a todos os automóveis que detém.“Qualquer pessoa que seja apaixonado por estes automóveis é incapaz de passar sem eles”, afirma.
Para além dos automóveis Wahdan, como muitos outros coleccionadores, também expandiu o seu interesse para telefones de discagem, gramofones, jornais e selos antigos.