O conhecido dístico de cor verde identificativo do seguro automóvel passa a adotar tonalidades simples a preto e branco a partir de hoje, seguindo-se à possibilidade de as empresas de seguros emitirem as antigas cartas verdes em papel branco. A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) saúda a decisão do Governo português, cuja portaria foi ontem publicada em Diário da República.

Desde julho deste ano que as empresas de seguros já estavam autorizadas a emitir as cartas verdes em papel branco, mas subsistia a obrigação de emissão do dístico a verde para identificação do seguro automóvel.

Porém, através desta nova portaria, a eliminação da cor verde é estendida ao dístico, e constitui uma das recomendações apresentadas pela APS junto do Governo e do regulador, no âmbito de um conjunto de medidas legislativas e regulatórias com vista a assegurar a simplificação e flexibilidade de determinados procedimentos, em benefício dos clientes e beneficiários dos seguros.

Fica, assim, facilitado o envio das cartas verdes por meio eletrónico evitando os inconvenientes causados pelo extravio ou atrasos na entrega.

Em comunicado, a APS admite esperar “que este seja um primeiro passo no sentido da desmaterialização total da carta verde, de forma a que esta se torne de facto mais verde, no sentido de mais amiga do ambiente”.

Para José Galamba de Oliveira, Presidente da APS, “esta medida, terá um conjunto de impactos positivos tanto ao nível da atividade das empresas do setor, como para o tomador do seguro, pois resultará numa maior celeridade dos processos, tornando-os mais dinâmicos, fáceis e acessíveis e mais amigos do ambiente”.

Ainda de acordo com José Galamba de Oliveira, “o setor segurador tem oito milhões de veículos atualmente seguros, e emite cerca de 11,4 milhões de Cartas Verdes todos os anos e por isso é fundamental avançar para a desmaterialização”.