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Vai à inspeção? Estas são as principais causas de ‘chumbos’

Luzes e iluminação: Basta um pequeno teste com a ajuda de um amigo para perceber se existem problemas com a iluminação do carro, mas esta é ainda uma causa frequente de chumbos na inspeção periódica. Considerados problemas graves, os casos em que os médios e os máximos estão em falta dão azo a reprovação.
Também a ausência de faróis de nevoeiro, luzes de marcha-atrás, indicadores de mudança de direção (vulgo 'piscas'), indicadores de travão ou luzes de presença atrás resultam em ficha vermelha de reprovação. O mesmo se aplica à iluminação da chapa de matrícula, caso seja inexistente ou tenha uma luz que não é aprovada. A ausência ou falhas na instrumentação também podem ser causa de chumbo.
Direção: Desvios significativos na direção poderão causar o chumbo do veículo na inspeção. O mesmo pode acontecer caso existam elementos mecânicos com deficiências neste sistema.
Suspensão e travões: O binómio suspensão/travões é essencial para a segurança de cada veículo, pelo que este é um campo em que não existem concessões. Falhas nos elementos da suspensão, sobretudo, ao nível dos amortecedores, podem resultar em chumbos e necessidade de reinspeção posterior.
Quanto aos travões, o mesmo é aplicável: componentes com elevado nível de desgaste, discos ou pastilhas em mau estado ou desvios na repartição de travagem motivam chumbos. O curso do pedal e a atuação do travão de parque também é avaliada.
Pneus: Este é um elemento fundamental para a segurança de um veículo e é também um dos que mais facilmente se podem detetar eventuais problemas a olho nu. Profundidade insuficiente (inferior a 1,6 mm), erros de conformidade na medida (que tem de estar homologada no Documento Único Automóvel), deformações, bolhas ou gretas nos pneus dão chumbo imediato. Outra causa para chumbo é a montagem de dois pneus no mesmo eixo que sejam de medida diferente ou de fabricantes diferentes.

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O momento da Inspeção Periódica Obrigatória, vulgarmente conhecida pela sua sigla IPO, representa para muitos condutores um momento de algum receio pela possibilidade de reprovação ou de alguma anomalia que possa ser detetada nos seus veículos automóveis.

Só no ano passado, de acordo com o Relatório Anual de Inspeções Técnicas a Veículos Rodoviários, emitido pelo Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), foram reprovados mais de 614 mil automóveis que obrigaram os seus proprietários a uma atuação a nível técnico para garantir que o veículo recebia a consequente aprovação na reinspeção.

Em 2016, foram inspecionados 5.804.923 automóveis, havendo assim uma taxa de reprovação de 10,58%, havendo também que salientar, segundo os dados tornados públicos, a redução desse valor ao longo dos anos: entre 2012-2015 a percentagem de reprovações caiu de 13,34% para os 10,58%. A melhoria das condições económicas de muitos portugueses estarão, também, na origem desse decréscimo, passando a dedicar maior atenção ao estado geral do seu veículo.

Atenção aos detalhes

Contudo, um automóvel com manutenção cuidada e boa utilização quotidiana tem menores possibilidades de ser reprovado, podendo até o seu proprietário proceder a uma pequena vistoria caseira que poderá, desde logo, antecipar algumas circunstâncias menos positivas. Por um lado, é natural que alguns pequenos sintomas de mau estado se tornem ‘invisíveis’ ao condutor, uma vez que há a tendência de se descurarem algumas situações decorrentes da sua habituação ao veículo.

Contudo, casos em que exista um desalinhamento evidente na direção, travões a chiar ou cheiros queimados tendem a ser indicadores de que algo não está bem e que o mais indicado antes de o levar à inspeção é levá-lo a uma oficina para tentar perceber se alguma das situações por si detetadas são graves e, assim, resolvê-las antecipadamente.

Certifique-se de que anotações de Grau 1 – que não dão direito a reprovação direta – não constam no documento de inspeção em vigor. Mesmo que não tenham resultado em chumbo do veículo naquela ocasião, a apresentação no centro de inspeções exatamente com as mesmas falhas irá levar à reprovação e respetiva folha encarnada! Depois, será obrigatória nova inspeção.

Note que os preços das inspeções variam entre 30,70 euros nos automóveis ligeiros e os 45,96 euros dos pesados, sendo de 15,46 euros para motociclos, triciclos e quadriciclos, com cilindrada superior a 250 centímetros cúbicos. Os reboques e semirreboques pagam 30,70 euros, enquanto as reinspeções custam 7,69 euros e as inspeções a nível de novas matrículas 76,64 euros. As inspeções extraordinárias têm um custo de 107,19 euros e a emissão de segunda via da ficha de inspeção 2,89 euros.