A lista de inscritos deste rali, que inaugura o ERC, é volumosa – 76 equipas – e rica em R5: nada menos que 37.
Mas, apesar da quantidade, apenas o russo Alexey Lukyanuk (Ford Fiesta R5), é o piloto de maior nomeada de um cartaz que inclui vários outsiders, caso de Marijan Gribel (Peugeot 208 T R5), 2.º classificado o ano passado; Chris Ingram (Skoda Fabia R5) e Pierre-Louis Loubet (Hyundai i20 R5).
A ausência de Kajetan Kajetanowicz, campeão em título, é baixa significativa, uma vez que o polaco tenta montar programa para o WRC2.
Frank Tore Larsen (campeão norueguês de 2014), Hermann Neubauer (campeão austríaco de 2016), Fabian Kreim (atual detentor do título alemão) e Frederik Ahlin (vice-campeão britânico o ano passado) são pilotos pouco conhecidos do grande público.
Desse modo, no lote dos candidatos ao triunfo, perfilam-se os vencedores das últimas edições da prova insular: Ricardo Moura e Bruno Magalhães, ambos em Skoda Fabia R5. O despique com Lukyanuk promete…O piloto de Ponta Delgada corre em casa, com acrescida moralização, mercê do triunfo inquestionável em Fafe e com novo argumento.
«Apesar de no início do ano ter definido não trocar de carro, após o Rali Serras de Fafe colocámos o Ford Fiesta no mercado. Fruto de um esforço proveniente de vários intervenientes, foi possível concretizar o negócio em tempo útil para estrear um Fabia R5 na prova mais importante da nossa agenda desportiva de 2018», explicou Ricardo Moura.
«Esperamos no decorrer do rali ir conhecendo o carro, de forma a que haja uma rápida adaptação, para que possamos ter um ritmo em crescendo ao longo da prova», acrescentou.
Bruno Magalhães, atual vice-campeão europeu, já ganhou nos Açores por três vezes e quer somar novo triunfo. «Temos todas as potencialidades para fazer parte do grupo dos favoritos e queremos entrar com o pé direito num num rali que conheço bem, tal como o Skoda, o que é uma diferença importante», referiu Bruno Magalhães.
Ambos os pilotos portugueses estão integrados na estrutura da ARC Sport, equipa que garante assistência oito carros entre eles o Skoda Fabia R5 de Aloísio Monteiro, empenhado em programa europeu, bem como os Ford Fiesta R5 de Joaquim Alves e de Pedro Almeida, que dispõe do carro ganhador em Fafe.
«É, sem dúvida, um grande desafio, mas estamos confiantes e otimistas», confessou Augusto Ramiro, o responsável pela estrutura de Aguiar da Beira, que procura o tri no rali açoriano.
Outro vencedor do rali de S. Miguel é Bernardo Sousa que regressa para se estrear com o Citroën DS3 R5, uma aposta, em primeira instância, do piloto da Madeira para o campeonato dos Açores.
Em termos de Campeonato de Portugal, há várias e significativas ausências, caso de Miguel Barbosa, Armindo Araújo, Pedro Meireles e João Barros.
Após a estreia com o Hyundai i20 R5, Carlos Vieira admitiu que «conseguimos evoluir o carro, que demonstra estar na plenitude, renovando a nossa confiança num bom resultado».
Empenhado em conseguir um bom resultado, que faça esquecer os problemas mecânicos sentidos em Fafe, Ricardo Teodósio adiantou que « trabalhámos muitos ao nível das suspensões, tendo encontrado afinações muito positivas. Acho que o carro está no ponto e quero tentar andar o que sabemos e o que podemos», sublinhou o piloto algarvio.
Nas 2 RM (Duas Rodas Motrizes) o jovem Pedro Antunes (Peugeot 208 R2) chegou aos Açores na liderança. «Conto com a experiência acumulada no ano anterior para estarmos o mais competitivos possível»,
Gil Antunes (Renault Clio R3T) centra as suas principais ambições no Campeonato de Portugal, apesar de inscrito no ERC3.
Quanto a Paulo Neto (Citroën DS3 R3T), «lutar por um lugar no pódio» é o objetivo neste rali em que Diogo Gago (Peugeot 208 R2) está de tregresso com o experiente Miguel Ramalho ao lado.
Programa
O rali tem início no dia 22 (5.ª feira), após ter decorrido, na véspera, à noite, o tradicional «city show», uma prova especial no centro de Ponta Delgada, sem contar para a classificação
Três classificativas — Lagoa Stage, Vila Franca/São Brás e Grupo Marques – constam do programa do 1.º dia. Na 6.ª feira (dia 23) dupla passagem por Pico da Pedra Golfe, Feteiras Meo e Sete Cidades.
Na última etapa (dia 24), a tradicional e seletiva ronda pelos troços do Nordeste da ilha de S. Miguel: Graminhais e Tronqueira por duas vezes, e ainda uma única passagem novamente em Grupo Marques e Vila Franca/São Brás, antes do pódio, nas Portas da Cidade de Ponta Delgada, às 18.26 horas locais (19.26 horas no continente).
Ao todo, 15 classificativas (total de 207,44 km).
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