Falta de apoios para um programa completo obriga tricampeão nacional Ricardo Moura a ficar parado quando lidera o CPR (foto José Silva/Zoom Motorsport)
O Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) está de regresso ao continente e a Mortágua (dias 3 e 4 de maio) após a etapa açoriana, em que Ricardo Moura, com o amarantino António Costa ao lado no Skoda Fabia R5 da ARC Sport, voltou a impor-se entre os pilotos portugueses.

Vencedor do Rali Serras de Fafe, prova que deu início a uma temporada que se augura empolgante e muito participada, o piloto açoriano lidera o CPR, competição em que está imbatível. Todavia, e a exemplo do que sucedeu o ano passado, Ricardo Moura volta a travar a fundo e a ficar parado esta temporada. A falta de apoios para dar continuidade a um programa completo, leva o piloto de Ponta Delgada a não marcar presença no rali do Clube Automóvel do Centro.

«É uma certeza», garante Ricardo Moura. «Não farei muito mais provas esta época, dado que estou bastante focado na minha profissão e nos negócios», sublinha o tricampeão nacional (2011, 2012 e 2013).

O ano passado, a vantagem pontual conquistada após as duas primeiras provas ainda mais acentuada, razão pela qual o açorino ainda liderava o CPR após o Rali de Mortágua, prova em que, sublinhe-se, não alinhou.

«Infelizmente, apesar dos resultados obtidos ao longo da minha carreira, nunca consegui ser profissional dos ralis. Claro que tive esse sonho, mas já o deixei para trás, ao concluir que tal não é possível», acrescenta o ainda líder do CPR, que aponta razões para a opção feita:

«Parece estar instituído, independentemente do palmarés de cada um, que são sempre os mesmos pilotos a angariar os grandes apoios e eu nunca consegui entrar nesse lobby…».

De qualquer modo, Ricardo Moura deixa entreaberta uma janela para o futuro:

«É possível que venha a disputar mais uma ou duas provas, mas está fora de hipótese, repito, fazer o campeonato. Em 2020, gostaria de alinhar em mais um ou dois ralis nacionais. Sou um grande apaixonado desta modalidade e nunca me falta vontade de competir esporadicamente», acrescenta Ricardo Moura.

Uma baixa de vulto, ainda que esperada, no quadro dos candidatos à conquista do título nacional.

Com duas atuações muito valorosas no início desta época, traduzidas na liderança do CPR, Ricardo Moura, um excelente embaixador desportivo dos Açores, abrevia, com justificada amargura, uma temporada que volta a ter sabor a … muito pouco.

Águeda volta a abrir o programa

Com o líder ausente, o assalto à liderança do campeonato pode assumir contornos emocionantes num rali de curta extensão: apenas 113,71 km ao cronómetro, com 7,24 km em falto e os restantes em piso de terra. As classificativas mais extensas são Sobral Tojeira (18,00 km) e Felgueira (16,92 km). As duas restantes têm menos de sete quilómetros.

Ricardo Teodósio (Skoda Fabia) chega a Mortágua na vice-liderança do CPR

O rali conta, em repetição, no dia 3 de maio (6.ª feira) com uma especial noturna (2,59 km) no centro de Águeda, cumprida em dupla passagem (21.00 e 21.15 horas) e a tradicional superespecial de Mortágua (2,06 km), pelas 22.13 horas.

No dia seguinte (sábado), a partida será dada pelas 9.20 horas, frente à Câmara Municipal de Mortágua, onde decorrerá (18.00 horas), a cerimónia do pódio.

Assim vai o CPR

Após duas provas , a classificação do CPR é a seguinte:

1.º Ricardo Moura, 46,39 pontos (2 pontuações)

2.º Ricardo Teodósio, 44,84 (2)

3.º Bruno Magalhães, 32 (2),

4.º Miguel Barbosa, 21,14 (1)

5.º Miguel Correia, 16 (2)

6.º José Pedro Fontes, 14 (1)

7.º António Dias, 13 (2)

8.º Armindo Araújo, 11,52 (1)

9.º Gil Antunes, 10 (2)

10.º Hugo Lopes, 9 (2)

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