A prova foi cancelada após a terceira das nove classificativas (mais de 33 por cento do total da quilometragem) e atribuídos 25 por cento dos pontos em termos de Campeonato de Portugal de Ralis (CPR)
O trágico despiste do Peugeot 208 Rally4 com o n.º 51, participante na Rally Cup Peugeot Ibérica, aconteceu logo na primeira especial: o embate numa árvore acabou por ser fatal para a jovem valenciana, apesar da prontidão dos meios de socorro de imediato acionados.
O presidente do Clube Automóvel da Marinha Grande (CAMG), organizador da 5.ª prova a contar para o Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), sublinhou que «os meios de auxílio chegaram ao local em cerca de dois minutos, fazendo todos os possíveis para salvar a jovem concorrente, tentando a reanimação. A vítima foi transportada para uma zona onde fosse possível a chegada de um helicóptero de emergência médica, mas a concorrente acabou por falecer no local».
O rali acabou por ser cancelado, após a terceira especial, quando Pedro Meireles (VW Polo) estava na liderança, com 2,6 segundos de vantagem para Ricardo Teodósio (Skoda Fabia), vencedor da classificativa de abertura.
Para Ni Amorim, presidente da FPAK, que estava a acompanhar a prova, «este é sempre o desfecho que não queremos ouvir. Estamos todos muito consternados. Endereçamos à família, aos amigos, à equipa e à Federação espanhola as sentidas condolências».Quanto ao final prematuro do rali, Ni Amorim sublinhou que «a FPAK está solidária com a decisão da direção de prova em cancelar o rali. Estes momentos são sempre muito complicados e seria difícil avançar com uma prova nestas condições tanto para os pilotos como para a organização. É altura de fazer luto e de homenagear esta jovem que tinha nos ralis a sua paixão», acrescentou o presidente da entidade federativa nacional.
Para Pedro Meireles (VW Polo), «a parte desportiva é a que menos importa, apesar de estarmos cientes de que estas coisas podem acontecer», sublinhou Pedro Meireles. «Temos de dar as condolências à família da Laura. A organização tomou a decisão certa», acrescentou o piloto vimaranense», que não vencia um rali do campeonato, precisamente, desde o Vidreiro de 2017.
«Demonstrámos que evoluímos; conseguimos andar na frente e ganhámos duas classificativas. Fomos rápidos e relembro que já não estamos na luta pelo título e mesmo assim fomos mais fortes nas classificativas que se disputaram e isso revela a nossa evolução», acrescentou Pedro Meireles.
Na segunda posição terminou Ricardo Teodósio(Skoda Fabia), a 2, 6 segundos, seguido por José Pedro Fontes (Citroën C3), com mais 4,0 segundos.
Outros vencedores
Classificação
1.º Pedro Meireles/Mário Castro (VW Polo), 15.24,5 minutos
3.º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3), a 4,0 segundos
4.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhães (Hyundai i20), a 7,8 segundos
5.º Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia), a 8,3 segundos
Campeonato
2.º Armindo Araújo, 116,19
3.º Ricardo Teodósio, 85,11
4.º José Pedro Fontes, 72,01
5.º Pedro Meireles, 49,50
Próxima prova Rali terras de Aboboreira, dias 30 e 31 de outubro
Laura Salvo: apaixonada pelos ralis e licenciada em Direito
Aos 21 anos, a valenciana Laura Salvo fazia a estreia na Peugeot Rally Cup Ibérica. Desde miúda que acompanhara o pai Gabi nos ralis e concluíra, recentemente, a licenciatura em Direito. Ambicionava ser uma agente da Polícia.
Apadrinhada, em termos desportivos, por Dani Sordo (piloto da equipa oficial Hyundai) e por Surhayen Pernia, ganhara ao lado deste último o Rali del Bierzo.
Mais recentemente fez dupla com o piloto de Palma de Maiorca, Miquel Socias. A estreia acontecera no recente Rali Ciudad de Xixona, a prova que antecedeu o Vidreiro no programa da jovem Laura Salvo.
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