Alexandre Camacho, com Pedro Calado ao lado no Skoda Fabia Evo, venceui pela 4.ª vez o Rali Vinho da Madeira
A dupla Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia Evo) foi a última a rir no 62.º Rali Vinho da Madeira: conquistou a vitória na derradeira classificativa, após duelo empolgante com Miguel Nunes e João Paulo, em carro idêntico e que lideraram da primeira à penúltima classificativa.

Em termos de Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), Bruno Magalhães e Carlos Magalhães colocaram o Hyundai i20 na 2.ª posição da geral e somaram o maior número de pontos nesse rali em que a dupla José Pedro Fontes/Ines Ponte (Citroën C3) completou o pódio.

 

Uma jante partida do Skoda Fabia Evo acabou com o sonho de Miguel Nunes vencer pelo 2.º ano consecutivo o Rali Vinho da Madeira, após liderar da primeira à penúltima classificativa.

A classificativa de Rosário, a mais extensa (11,37 km) acabou por ser decisiva para o desfecho deste rali em que os madeirenses voltaram a ser os protagonistas.

Na secção matinal, Nunes dispunha de 13,4 segundos de vantagem para Camacho, mas na passagem pela referida especial perdeu 6,3 segundos: a escolha de pneus feita por Camacho foi determinante, ao escolher levar dois intermédios enquanto o rival optou por borrachas para piso seco. A chuva surgiu na subida do troço, mas a descida permanecia seca.

A diferença entre os dois primeiros ficou encurtada para 6,7 segundos e desde então Camacho foi reduzindo a desvantagem, que colocou em 1,7 segundos à entrada para a derradeira classificativa.

A chuva marcou presença não só na subida, mas também até meio da descida e as aspirações de Miguel Nunes foram, literalmente, por água abaixo: um toque partiu a jante e a perda de dois minutos.

«A primeira passagem no Rosário foi decisiva, pois acreditámos sempre que era possível chegar à vitória», confessou Alexandre Camacho ao MOTOR 24.

«Esta foi, seguramente, a vitória mais difícil», sublinhou o tetravencedor da prova, que ganhou metade das especiais e entrou para o restrito clube dos pilotos com quatro triunfos, em que figuram o saudoso Américo Nunes, Andrea Aghini, Giandomenico Basso e Bruno Magalhães.

A dupla Bruno Magalhães e Carlos Magalhães (Hyundai i20) terminou no 2.º lugar absoluto e impôs-se no CPR

O piloto do Hyundai i20 voltou a ter premiada a participação (a 19.ª) no rali insular: terminou no 2.º lugar absoluto, a 1.03,2 minutos e somou o máximo de pontos para o CPR.

«Melhor era impossível», sublinhou o piloto, que ainda dispôs de um R5 da anterior geração. «Podia ter sido mais feliz na escolha de pneus, mas era uma lotaria. Na última, acentuou-se a pressão sobe nós., mas não errámos, andando sempre no limite», acrescentou.

Pela 5.ª vez José Pedro Fontes terminou no pódio (3.º lugar), a 1.24,5 minutos, e assegurou para a Sports & You um proveitoso resultado neste rali em que Pedro Paixão (Skoda Fabia Evo) rubricou vistos recuperação ao longo do último dia. O madeirense, atrasado por um furo que deitou tudo a perder na 1.ª etapa, venceu as duas primeiras classificativas e alcançou o 4.º lugar, com mais 1.40,3 minutos, seguido pelo espanhol Jan Solans (Citroën C3).

José Pedro Fontes e Inês Ponte (Citroën C3) completaram o pódio

Boa ponta final teve Bernardo Sousa (Skoda Fabia) 6.º da geral, «Tentei, na derradeira secção, andar o máximo, o que consegui nos dois últimos troços, com o carro a funcionar da melhor maneira», explicou o madeirense que suplantou Ricardo Teodósio (Skoda Fabia Evo) por 2,8 segundos na última especial.

Bernardo Sousa em dupla com Vítor Calado (Skoda Fabia) terminou no 6. lugar

«A chuva estragou os nossos planos neste rali em que o conhecimento do terreno faz a diferença», confessou o piloto algarvio, que conseguiu, apesar de tudo, encurtar a distância para Armindo Araújo nas contas do CPR.

Ricardo Teodósio e José Teixeira (Skoda Fabia Evo) em ação

Furo atrasou Armindo Araújo

O campeão nacional foi ao azarado do dia entre os continentais, ao sofrer um furo quando lutava pelo 3.º lugar absoluto e a liderança entre os concorrentes do CPR. A diferença entre Bruno, Armindo e Fontes era de 6,8 segundos, mas o percalço sofrido na 13.ª especial, atrasou, irremediavelmente, o líder do CPR. «Acabou a luta», referiu, amargurado o piloto de Santo Tirso.

«Um pião e um furo neste rali em que tudo tem de ser feito na perfeição, deitaram, tudo a perder. A parte positiva é que continuamos na liderança do CPR», sublinhou ao MOTOR 24 Armindo Araújo, 5.º classificado nesta prova em termos de campeonato.

Um furo atrasou irremediavelmente a dupla campeã nacional. Armindo Araújo/Luís Ramalho (Skoda Fabia Evo)

Nas duas rodas motrizes, Rui Jorge Fernandes (Renault Clio R3T) impôs-se, seguido por João Silva, que fez a esteia do Renault Clio R4. «Mostrámos o potencial do carro», sublinhou.

Classificação (oficiosa)

1.º Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia Evo), 1.42.21,2 horas

2.º Bruno Magalhães/Carlos Magalhaes (Hyunfdai i20), a 1.03,2 minutos

3.º José Pedro Fontes/Inês Ponte (Citroën C3), a 1.24,5 minutos

4.º Pedro Paixão/Jorge Henriques (Skoda Fabia Evo), a 1.40,3 minutos

5.º Jan Solans/Rodrigo Sanjuan (Citroën C3), a 1.45,0 minutos

 

Campeonato de Portugal (após 4 provas)

1.º Armindo Araújo, 88 pontos

2.º Ricardo Teodósio, 82

3.º Bruno Magalhães, 72

4.º José Pedro Fontes, 57

5.º Bernardo Sousa, 54

6.º Miguel Correia, 40

Campeonato da Madeira (após 3 provas)

1.º Alexandre Camacho, 81 pontos

2.º Pedro Paixão, 52

3.º Miguel Nunes, 50

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