Por vezes, a noite costuma trazer surpresas naquela que é a mais emblemática corrida de resistência, mas desta feita, poucas alterações se registaram na frente. Os dois Toyota comandam com à vontade, com o carro #7 a dispor de uma importante vantagem em redor de uma volta face ao carro #8 de Kazuki Nakajima, Brendon Hartley e Sebastien Buemi, parecendo pois uma questão arrumada quanto à luta pelo triunfo – salvo qualquer imprevisto, o que também não é insólito em Le Mans, como a Toyota bem sabe após o desastre no final da edição de 2017.
A luta pela terceira posição foi aquela que mais animação deu à competição durante a noite e a manhã, depois de um pião já perto da meia noite do Alpine pilotado por Matthieu Vaxiviere, que desceu então para a sexta posição. Porém, fruto de um excelente trabalho de recuperação em pista, o carro #36 veio a roubar o terceiro posto ao Glickenhaus #708 partilhado por Luis Felipe Derani, Olivier Pla e Franck Mailleux, embora a distância entre ambas as equipas nunca tenha sido muito grande durante a noite. Com o Alpine a cinco voltas de distância do primeiro classificado e a quatro do segundo, também a terceira posição parece agora mais segura fruto de um atraso ditado por um período de safety car já na manhã, quando ao longo de toda a noite a diferença havia sido bastante curta.
Na categoria LMP2, os dois carros da WRT permanecem na frente, com o azar a bater à porta do carro de Filipe Albuquerque (United Autosport #22), partilhado com Fabio Scherer e Phil Hanson, tendo sofrido um problema com o alternador durante a noite que o afastou da luta pelo triunfo. Já o carro da JOTA de António Félix da Costa (#38) tem vindo a recuperar posições após o despiste de Anthony Davidson ainda durante a tarde de ontem, mesmo que longe do pódio que parecia realista ao cabo das primeiras horas. O carro está agora na nona posição da categoria LMP2 e em 13o da geral.
Na categoria GTE Pro, a Ferrari mantém o comando com o 488 GTE Evo #51 de Côme Ledogar, James Calado e Alessando Pier Guidi a dispor de uma vantagem de algumas dezenas de segundos sobre o Chevrolet Corvette C8R #63, embora a luta pelo triunfo na classe pareça ainda longe de decidida. O carro italiano chegou mesmo a passar pelo interior das boxes para reparações, mas a rapidez das reparações permitiu à AF Corse manter o comando. Os Porsche oficiais ocupam o terceiro e quarto lugares. Continuando com a senda de pouca sorte para os portugueses, o carro de Álvaro Parente (Hub Auto Racing #72) abandonou após problemas mecânicos.
Nos GTE Am, é também a AF Corse que lidera com o carro #83 de Alessio Rovera, Nicklas Nielsen e François Perrodo, à frente do Aston Martin #33.Tempos e classificações em direto.