A BMW anunciou a sua saída da Fórmula E no final de 2021. Em dois dias, a Fórmula E viu dois dos seus principais construtores anunciarem a sua saída da modalidade, contrariando dessa forma o crescimento de popularidade daquela competição entre os fabricantes automóveis nos últimos anos.

Uma das marcas com presença mais duradoura na Fórmula E, com sete anos, a BMW anunciou que irá abandonar a Fórmula E no final da temporada que se avizinha, revelando que chegou ao fim o potencial de transferência da tecnologia elétrica para os seus modelos de estrada, uma visão curiosa atendendo ao facto de que a tendência de eletrificação está em ascensão.

“O Grupo BMW sempre utilizou a Fórmula E como um laboratório de tecnologia para [os veículos de] produção. Os mesmos engenheiros que desenvolveram os sistemas motrizes para os veículos elétricos de produção são os responsáveis pelos sistemas motrizes dos carros de competição. Os exemplos de transferência bem-sucedida da tecnologia entre a Fórmula E e a produção em série incluem novas descobertas relativamente à gestão energética e eficiência, a transferência de software para a eletrónica de controlo ou a densidade de potência dos motores elétricos”, lê-se em comunicado.

A BMW assume que o foco estratégico do grupo está a mudar dentro do campo da mobilidade elétrica, procurando dedicar maior ênfase no futuro à escalabilidade da oferta e produção global. Recorde-se que o Grupo BMW pretende ter um milhão de eletrificados nas estradas no final de 2021 e sete milhões no final de 2030, dos quais dois terços serão totalmente elétricos.