A Williams, histórica equipa de Fórmula 1, poderá vir a ser vendida depois de a formação britânica ter visto a sua condição financeira deteriorar-se gravemente com a pandemia de Covid-19, a qual causou já o final do contrato com a principal patrocinadora, a ROKiT. Em comunicado, a Williams explica que estão a ser avaliadas todas as opções, incluindo a possibilidade da venda de uma parte minoritária ou, até, da maioria das ações.

A temporada passada foi a pior na história da equipa, com apenas um ponto marcado em todo o ano, nunca deixando os derradeiros lugares do pelotão, mas na temporada de 2020 as expectativas eram bem melhores, pelo menos com o objetivo de lutar consistentemente pelos pontos. Porém, o atraso no início do campeonato devido ao Covid-19 e as condições cada vez mais débeis da economia estão a causar diversos problemas à equipa e aos seus patrocinadores, sabendo-se agora que a ROKiT terminou o seu contrato de forma inesperada, também ela a braços com os efeitos da pandemia.

Assim, a Williams admite estar a ponderar todas as opções, perseguindo uma nova “direção estratégica de forma a estarem bem posicionados na nova era da Fórmula 1 que irá começar em 2021”.

“As opções em consideração incluem, mas não estão limitadas, ao aumento de capital para a atividade, à venda de uma parte minoritária na WGPH [Williams Grand Prix Holdings] ou a venda de uma parte maioritária na WGPH, incluindo um potencial venda de toda a Companhia”, refere a equipa em comunicado, acrescentando ainda que nenhuma decisão foi tomada. Porém, revela que “facilitar as discussões com partes interessadas, a Companhia anuncia o início de um ‘processo formal de venda’”.

Para o efeito, a Williams, criada na década de 1970 por Sir Frank Williams, nomeou conselheiros financeiros para assistir esta revisão estratégica e para serem pontos de contacto com as partes interessadas”.

Depois de ter colocado o seu pessoal em layoff devido à suspensão das atividades em pista, a Williams revelou os resultados financeiros para o ano fiscal de 2019, com perdas de 13 milhões de libras, contra um lucro de 16 milhões de libras no ano anterior. A operação da F1 resultou num decréscimo de receitas provenientes da modalidade, caindo de 130.7 milhões de libras em 2018 para 95.4 milhões de libras em 2019.

Rumo à grelha de 2020

Apesar de uma crescente preocupação com a situação financeira atual, a Williams garante que “continua financiada na atualidade e preparada para retomar a competição assim que o calendário o permitir em 2020. A administração da WGPH acredita que esta revisão estratégica e processo formal de venda é a atitude mais correta e prudente a fazer de forma a ter tempo para considerar um amplo leque de opções e para deixar a equipa de Fórmula na melhor posição possível para o futuro”.

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