A parte inicial da temporada 2020 do Mundial de Fórmula 1 está praticamente toda anulada devido ao surto de Covid-19, com o adiamento das provas na Austrália, Bahrein, China, Vietname, Países Baixos, Espanha, Mónaco e agora também o do Azerbaijão, sendo que a prova monegasca já foi mesmo cancelada pelos organizadores, considerando que a logística para aquele evento é demasiado intensa para uma repetição mais tarde no ano.
A prova em Baku, no Azerbaijão, era vista como a melhor possibilidade para o arranque da temporada de 2020, já em junho, mas com o surto pandémico do novo coronavírus ainda bem forte na Europa, que é agora o epicentro de transmissão do vírus, que impõe restrições em viagens e controlo de fronteiras em praticamente todos os países do Velho Continente, a opção tomada foi a de adiar também esta corrida.
No entanto, surgem também dúvidas sobre a possibilidade de a corrida seguinte, prevista para o Canadá, a 14 de junho, se realizar, o mesmo se aplicando aos Grandes Prémios seguintes, previstos para a Europa, em França, Áustria e Grã-Bretanha, entre junho e julho.
Os responsáveis pelo evento esperam poder reagendar a corrida para uma data posterior em 2020, embora nesta fase seja necessário pensar em soluções alternativas para redesenhar um calendário que está a condensar todas as suas provas na parte final do ano. A possibilidade de se criar uma super-temporada que se estenda entre 2020 e 2021 já foi apontada nos bastidores, mas nada é ainda uma certeza.
O CEO da Fórmula 1, Chase Carey, lamentou mais este adiamento em face de uma força maior, mas também não aponta uma data concreta para o arranque do Mundial.“Sabemos que toda a gente quer saber o que virá a seguir para a Fórmula 1 em 2020, mas não conseguimos fornecer respostas específicas dada a fluidez da situação. No entanto, queremos seguir em frente com a temporada de 2020 assim que for seguro. Estamos em contacto com os peritos e responsáveis numa base diária e avaliamos como iremos seguir em frente nos próximos meses”, referiu Carey.
