O grupo será composto por representantes das três organizações, incluindo Mark Grain, diretor técnico da Extreme E com a responsabilidade de liderar a transição da série para a Extreme H, Pat Symonds, diretor técnico da F1, e Nikolas Tombazis, diretor de monolugares da FIA, os quais irão ter a seu cargo um trabalho conjunto para a criação de normas e diretrizes relacionadas com o automobilismo a hidrogénio.
O Extreme H irá estrear-se em 2025 e é visto como uma forma de desenvolver e evoluir a competição automóvel sem emissões, com o seu potencial de utilização a alastrar-se, também, à mobilidade em geral. Cada um dos representantes do grupo irá reunir a sua experiência numa aliança estratégica para avaliar desenvolvimentos e aplicações potenciais do hidrogénio.
O objetivo do Grupo de Trabalho sobre Hidrogénio com a participação da Fórmula 1, da FIA e da Extreme H é monitorizar os progressos alcançados e o desenvolvimento da tecnologia de hidrogénio – tanto para as células de combustível, como para os sistemas de bateria que serão usados nos chassis de corrida da primeira geração de carros da Extreme H. Em avaliação estará ainda o uso da tecnologia de hidrogénio na infraestrutura, transporte, carregamento, armazenamento e gestão do local da corrida, além de suas implicações em termos de segurança.
Extreme E na linha da frente para o hidrogénio
Com a Extreme E a caminho de abraçar a mobilidade a hidrogénio, já em 2025, o desenvolvimento da primeira série da modalidade já está em andamento: o plano passa por lançar um protótipo de chassis movido a hidrogénio em parceria com a Spark e realizar um primeiro shakedown ainda em 2023, antes de iniciar um programa de testes mais abrangente no início de 2024.O Extreme H será reconhecido como um Campeonato FIA desde a sua temporada inaugural em 2025, com a intenção de oficializar seu estatuto de Campeonato Mundial a partir de 2026 (dependendo das respetivas aprovações por parte do Conselho Mundial de Desporto Motorizado da FIA). Como regulador técnico e autoridade desportiva do campeonato Extreme E, a FIA será responsável por todos os regulamentos técnicos, desportivos e de segurança da competição.
Mark Grain, diretor técnico da Extreme E, referiu que “é um privilégio trabalhar ao lado da Fórmula 1 e da FIA para continuar a desenvolver a nossa primeira proposta mundial de corrida a hidrogénio. A nossa transição para a Extreme H torna-nos pioneiros e seremos os primeiros a testar a tecnologia no desporto motorizado, não apenas nos nossos carros de corrida, mas também nos transportes, infraestrutura, processos de reabastecimento e regulamentos de segurança”.
Também Pat Symonds, diretor técnico da Fórmula 1, se mostrou agradado com este passo conjunto: “O nosso desporto tem a tradição de apresentar a vanguarda tecnológica para o nosso público em prazos de tempo incrivelmente curtos. Fazemos isso mantendo a mente aberta para todas as soluções e adotando a engenharia multifuncional. Com a mitigação das alterações climáticas como uma preocupação crucial para todos, estamos empenhados em promover a sustentabilidade e, portanto, precisamos de explorar todas as áreas de descarbonização do sector da mobilidade. Isto deve incluir combustíveis líquidos sustentáveis de hidrocarbonetos, a eletrificação e o hidrogénio”.