Uma semana depois de vencer na Bélgica, Leclerc aproveitou da melhor forma a pole position conquistada no sábado e arrancou para o primeiro lugar na logo após o arranque. Lewis Hamilton, que partiu em segundo, ainda ameaçou Leclerc, mas no final da primeira volta a ordem entre os cinco primeiros tinha Leclerc no comando, seguido por Hamilton, Valtteri Bottas (Mercedes-AMG), Nico Hulkenberg (Renault) e Sebastian Vettel (Ferrari), que perdeu um lugar, recuperado logo na segunda volta.
Embora liderando, Leclerc nunca conseguiu distanciar-se mais do que dois segundos, com os dois Mercedes-AMG bastante perto, enquanto Vettel também passou a ameaçar o terceiro posto de Bottas. Porém, o alemão cometeu um erro na Variante Ascari à sexta volta e fez um pião na primeira esquerda, dando início a uma cadeia de acontecimentos que destruiu a sua prova e também a de Lance Stroll e, por consequência, atrasando também Pierre Gasly.
Depois de entrar em pião e de ficar em posição perpendicular à pista, não observando a aproximação dos demais pilotos, Vettel retomou a marcha, não vendo o Racing Point de Stroll, que tentou evitar o Ferrari, mas que não conseguiu mais do que limitar os estragos com o SF90 a tocar na roda traseira direita do carro de Stroll.
Este entrou em pião e depois fez o mesmo que Vettel ao retomar a corrida, não observando a chegada do Toro Rosso de Gasly, que teve de seguir pela escapatória externa da chicane para evitar o Racing Point. Com danos no seu carro, Vettel teve de parar nas boxes, mas a sua prova também ficou marcada por uma penalização de paragem nas boxes por dez segundos. Já Stroll recebeu uma penalização de cinco segundos.
Com Vettel fora da equação, Leclerc ficou sozinho na frente a lutar contra os Mercedes-AMG, mantendo os dois pilotos da equipa alemã atrás de si. Foi Lewis Hamilton quem deu o pontapé de saída para as paragens nas boxes entre os homens da frente, entrando na boxe na 19ª volta para montar pneus médios, com a Ferrari a reagir logo de seguida, parando Leclerc logo a seguir para montar pneus duros. Ao proteger a posição do monegasco, a Ferrari manteve o seu piloto à frente de Hamilton, ao passo que Bottas ficou na frente da prova, prolongando a ‘vida’ dos seus pneus por mais algumas voltas, até à 27ª volta.
Mais atrás, começava a batalha de Leclerc contra Hamilton, a primeira das quais depois de o homem da Ferrari ultrapassar Hulkenberg na Parabolica, dando também a possibilidade a Hamilton e colocando-se em risco na travagem para a reta da meta, mas Leclerc resistiu não só aí, como também na travagem para a segunda chicane, embora aqui de forma muito musculada, deixando espaço mínimo para o britânico na discussão da travagem. Mas, estando na frente quando assumiu a trajetória, Leclerc não foi penalizado, mas recebeu um aviso sério por parte dos comissários, recebendo uma bandeira preta e branca.
A vantagem de aderência dos pneus médios do Mercedes-AMG de Hamilton foi-se perdendo e a derradeira oportunidade do britânico deu-se à volta 36 quando Leclerc queimou a travagem e seguiu em frente na primeira chicane (saltando mesmo duas das lombas da escapatória). Isso deu a oportunidade a Hamilton para tentar nova ultrapassagem, mas uma vez mais não foi capaz.
Com os seus pneus a perder eficácia, Hamilton viria também a perder a segunda posição para Bottas, então com pneus mais frescos, depois de falhar a travagem para a primeira chicane. Foi então a vez do finlandês atacar o comandante, mas, pese embora os incentivos da sua formação para “ir atrás da vitória”, Bottas não teve grandes oportunidades para superar Leclerc, acabando ele próprio por cometer um erro na antepenúltima volta, ao queimar a travagem para a primeira curva.
Hamilton viria ainda a parar nas boxes mais uma vez, para regressar aos pneus médios, mas tinha a sua terceira posição segura, podendo ainda com esse processo garantir a volta mais rápida da corrida e um ponto respetivo.
Mais atrás, também existiram grandes batalhas, com a Renault a obter o seu melhor resultado do ano, sendo a terceira força da corrida, com Daniel Ricciardo e Nico Hulkenberg a ficarem em quarto e quinto lugar, respetivamente. Alexander Albon foi o melhor da Red Bull, com o sexto lugar depois de ter estado muito tempo em luta com o McLaren de Carlos Sainz. Ao mesmo tempo, um incidente com o Haas de Kevin Magnussen causou-lhe uma penalização de cinco segundos, ainda assim não impedindo o piloto tailandês de firmar um excelente sexto posto. Sergio Perez (Racing Point) foi o sétimo, logo à frente de Max Verstappen (Red Bull), que teve uma corrida muito complicada depois de partir do último lugar.
Nona posição para Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, obtendo o seu melhor resultado na Fórmula 1, compensando de certa forma a prestação sem cor de Kimi Raikkonen. Já o derradeiro lugar pontuável ficou para Lando Norris, da McLaren, que esteve algo discreto, até mesmo comparado com Carlos Sainz, que rodava em sexto quando um problema na paragem das boxes levou-o a sair para a pista com a roda dianteira direita desapertada.
Sebastian Vettel terminou em 14º lugar, a uma volta do vencedor.
Percorra a galeria de imagens acima clicando sobre as setas.

