Valtteri Bottas regressou aos triunfos no GP do Japão, ajudando a Mercedes a selar, desde já, o título de campeã do mundo de construtores. Autor da pole position, Sebastian Vettel (Ferrari) resistiu aos ataques tardios de Lewis Hamilton (Mercedes) para ficar com o segundo posto.

Num domingo que teve bastante ação acumulada, com a realização da sessão de qualificação quatro horas apenas antes da corrida (depois do cancelamento de toda a atividade em pista no sábado por causa do tufão Hagibis), a primeira linha da grelha de partida era ocupada pelos dois Ferrari, com Vettel na frente de Charles Leclerc, mas um ligeiro erro do alemão e um arranque fulgurante de Bottas permitiu que o finlandês saltasse da terceira posição para o comando, enquanto a situação da equipa italiana viria a piorar com um incidente entre Leclerc e Max Verstappen (Red Bull) na primeira curva, que atrasou ambos os pilotos (o holandês viria a abandonar mais tarde). O acidente será investigado pela FIA após a corrida.

Bottas rapidamente se estabeleceu como o piloto mais forte em pista, abrindo uma vantagem sobre Vettel que, depois, foi gerindo, apenas perdendo o comando depois da sua primeira paragem nas boxes, para Hamilton, que estava numa estratégia desfasada (Bottas e Vettel estavam claramente apostados em duas paragens, Hamilton apenas numa).

Sem cometer quaisquer erros, Bottas terminou em primeiro e voltou às vitórias, algo que já não sucedia desde o GP do Azerbaijão.

Mais atrás, Vettel acabou por conseguir defender o segundo posto de Hamilton, que fez uma segunda paragem nas boxes para fazer o último terço da prova com pneus macios e, se conseguiu chegar rapidamente à traseira do Ferrari, ultrapassá-lo revelou-se um feito impossível, com o alemão a defender-se muito bem.

Ainda assim, o resultado de Hamilton contribuiu para a obtenção do sexto título consecutivo de construtores.

Sem Verstappen, a Red Bull teve em Alex Albon o seu único piloto capaz de oferecer pontos, terminando em quarto numa corrida discreta, mas com um resultado final bastante sólido, o mesmo se podendo aplicar ao espanhol Carlos Sainz, que levou o seu McLaren ao quinto posto depois de mais uma excelente prestação.

Leclerc ainda recuperou até ao sexto lugar, depois de ter parado ainda numa fase muito cedo da corrida para mudar a asa dianteira do seu Ferrari, efetuando depois uma boa recuperação.

Daniel Ricciardo foi o sétimo, com uma corrida bastante animada no meio do pelotão, dando à Renault pontos importantes, até porque Nico Hulkenberg, o seu colega de equipa, foi o nono. Pelo meio ficou Pierre Gasly, com o Toro Rosso, ao passo que o derradeiro lugar pontuável ficou com Lance Stroll (Racing Point) que beneficiou diretamente com o acidente na última volta entre o seu companheiro de equipa, Sérgio Perez, e Gasly.