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GP do México: Classe e talento no triunfo recordista de Max Verstappen

Créditos: Chris Graythen/Getty Images/Red Bull Content Pool.

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Começam a faltar adjetivos para classificar a temporada de 2022 de Max Verstappen (Red Bull). Já consagrado bicampeão do mundo de Fórmula 1, o piloto neerlandês deu hoje uma lição de classe no Autódromo Hermanos Rodriguez, ao vencer com superioridade face a Lewis Hamilton (Mercedes-AMG) com uma estratégia arrojada que lhe deu o 14º triunfo do ano – um recorde absoluto numa única temporada.

A estratégia desempenhou um papel fundamental na corrida deste domingo na cidade do México, com os dois pilotos da Red Bull, Verstappen e Sergio Pérez, e os da Ferrari, Carlos Sainz e Charles Leclerc, a partirem com pneus macios, enquanto os dois Mercedes, de Hamilton e George Russell, partiram com pneus médios, antevendo assim uma primeira fase de corrida mais longa.

Na partida, Verstappen manteve o comando e abriu uma liderança em torno dos dois segundos face a Hamilton, que ficou em segundo, com essa proximidade a abrir a porta a uma estratégia agressiva da Mercedes-AMG para uma única paragem dos seus dois pilotos contra as esperadas duas dos pilotos da Red Bull.

Só que a Red Bull também jogou numa única paragem, com Max Verstappen a parar na 26ª das 71 voltas da corrida, duas voltas depois de Sergio Pérez, deixando nessa fase a liderança para Hamilton, que mudou para os pneus mais duros à 30ª volta. Com esta decisão, o britânico previa não parar mais, convencido ainda que Verstappen (e Pérez) teriam ainda de parar uma segunda vez.

Mas, Verstappen deu uma lição na conservação dos seus pneus (bem como Pérez, de resto), conseguindo ampliar a sua vantagem sobre Hamilton para os cerca de 12 segundos antes de se tornar claro que não iria parar pela segunda vez. Assim, cruzou a linha de meta no primeiro lugar pela 14ª vez este ano, tornando-se no recordista de triunfos numa temporada, batendo Michael Schumacher e Sebastian Vettel, que tinham ambos 13 triunfos.

Hamilton ficou com o segundo lugar e voltou ao pódio, mas não teve argumentos para lutar pelo triunfo, ainda assim ficando à frente de Sergio Pérez, o ídolo local, que ainda tentou pressionar Hamilton na luta pelo segundo posto, mas acabou por se conformar com o degrau mais baixo do pódio, ainda assim bastante celebrado pela imensa mole humana nas bancadas.

Russell, que tal como Hamilton, interrogou a equipa por diversas vezes quanto à estratégia, terminou no quarto lugar, perto de Pérez, mas sem conseguir ameaçá-lo.

Depois, a uma imensidão de tempo, ficaram os dois Ferrari, numa tarde em que os carros italianos estiveram irreconhecíveis. Depois de terem evidenciado dificuldades na qualificação, a corrida não foi muito melhor, com Carlos Sainz e Charles Leclerc a não terem ritmo para lutar com os Red Bull e Mercedes. O espanhol ficou na quinta posição, mas já a 58 segundos do vencedor, com o monegasco pouco atrás, perdendo também a segunda posição no Mundial de Pilotos para Pérez.

Daniel Ricciardo (McLaren) foi o piloto do dia, com uma excelente recuperação depois de ter feito um primeiro turno longuíssimo com os pneus médios, acabando por ser até a sua performance a dar a ideia à Red Bull de fazer um grande turno com os pneus médios. O australiano ainda recebeu uma penalização de dez segundos por ter sido considerado culpado depois de um toque no AlphaTauri de Yuki Tsunoda, mas o ritmo na fase final, com os pneus macios, foi suficiente para resguardar o sétimo lugar final, à frente de Esteban Ocon (Alpine), uma vez mais o único sobrevivente da equipa gaulesa depois do abandono já perto do final de Fernando Alonso, que vinha bem posicionado nas posições pontuáveis.

Lando Norris (McLaren) terminou no nono lugar, enquanto Valtteri Bottas (Alfa Romeo) conseguiu o último ponto da corrida, com o décimo lugar.