Numa qualificação emocionante para o GP do Mónaco, Lewis Hamilton voltou a demonstrar uma forma impressionante, ao garantir mais uma pole position na sua carreira, estabelecendo também um novo recorde de volta mais rápida no circuito monegasco.

Se a posição de partida para a corrida é meio caminho andado para o triunfo, Hamilton está no sítio certo. O piloto britânico da Mercedes-AMG teve de se aplicar a fundo para superar o seu companheiro de equipa, Valtteri Bottas, com os dois a batalharem entre si pela pole position. No final, após uma prestação irrepreensível, Hamilton garantiu uma volta em 1.10,166s, naquele que é um novo recorde do traçado de Monte Carlo. No final da sessão, Hamilton não evitou algumas lágrimas, ainda emocionado pela morte de Niki Lauda, que era um dos responsáveis da equipa Mercedes-AMG.

Na fase decisiva (Q3), Bottas começou por dar o mote, com uma volta em 1.10,252s, mas na sua derradeira tentativa um erro na curva de Portier levou-o a abandonar a volta e a contentar-se com a segunda posição, à frente de Max Verstappen (Red Bull), que pareceu ter argumentos para lutar com os Mercedes, mas que, no final, ficou apenas com o terceiro posto.

Ainda assim, conseguiu ficar à frente de Sebastian Vettel, com a Ferrari a ter uma sessão com muitos erros à mistura – de pilotos e do muro das boxes. Na Q3, o excesso de confiança no tempo de Charles Leclerc levou a equipa a optar por permanecer na boxe enquanto os demais pilotos foram melhorando os seus registos nos instantes finais.

Crucialmente, acabaria por ser Vettel – que aproveitou para fazer uma série de voltas para perceber como estava o seu carro depois do arranjo devido a um acidente no terceiro treino livre – a ‘atirar’ Leclerc para o 16º lugar e o primeiro dos que não figuraram na Q2.

Mas, Vettel também não evitou dois toques nos rails em momentos distintos (um no Q3 e outro no Q1), embora com poucas consequências que não a perda de tempo, o que num circuito apertado, curto e com muitos carros em pista pode impedir um desempenho positivo.

Pierre Gasly (Red Bull) foi o quinto, à frente de Kevin Magnussen (Haas), que teve mais um ótimo desempenho, e de Daniel Ricciardo (Renault), com o piloto australiano a sobressair igualmente no traçado monegasco. Os três últimos lugares do top 10 foram ocupados por Daniil Kvyat (Toro Rosso), Carlos Sainz (McLaren) e Alexander Albon (Toro Rosso).

Na segunda fase de qualificação (Q2), a principal ‘baixa’ foi Nico Hulkenberg (Renault), que ficou na 11ª posição, falhando por pouco a passagem à Q3. Lando Norris (McLaren) foi o 12º melhor, na frente de Romain Grosjean (Haas), que não evitou contactos com os rails por duas vezes ao longo da sessão. Os dois Alfa Romeo também não estiveram ao seu melhor nível, com Kimi Raikkonen a ser 15º, na frente do seu colega de equipa Antonio Giovinazzi.

Na Q3, além da ‘surpresa’ Leclerc, também os Racing Point estiveram em posição pouco positiva, já que Sergio Perez e Lance Stroll não conseguiram passar à fase seguinte, sendo que os dois últimos lugares estavam reservados à partida para os Williams, como se veio a confirmar, com George Russell à frente de Robert Kubica.

No entanto, apesar desta grelha ter sido definida na pista, muitos pilotos estão sob investigação por possíveis bloqueios a outros pilotos, como é o caso de Gasly.