A braços com um problema cardíaco há já algum tempo, Auriol encontrava-se internado desde que em novembro ficou infetado com a Covid-19, sucumbindo agora a complicações resultantes do novo coronavírus.
Auriol foi uma das grandes figuras do Dakar durante a sua fase africana, antes de a prova se mudar para outros continentes (retendo apenas o nome), vencendo por duas vezes nas motos (1981 e 1983) e uma nos automóveis (1992), tornando-se então no primeiro piloto a vencer nas duas categorias.
Além dos triunfos na prova, foram também os duelos com Cyril Neveu que mereceram amplo destaque na imprensa da época.
Depois de terminar a sua carreira como piloto, em 1994, Auriol decidiu tomar as ‘rédeas’ do Dakar, passando para a organização da prova até 2003. No final de 2008, enquanto o Dakar se transferia de ‘armas e bagagens’ para a América do Sul, temendo as ameaças de terrorismo e instabilidade política no continente africano, Auriol colocou de pé o Africa Race.
A sua morte, a 10 de janeiro, em França, apanhou de surpresa o pelotão que atualmente compete no Dakar de 2021, que se disputa na Arábia Saudita. As causas da morte estão relacionadas com um problema cardiovascular “após um longo combate contra a doença”.