Aos 51 anos de idade, o italiano voltará às pistas, contando com um automóvel alterado para às suas necessidades e com a particularidade de fazer a prova de Misano sem as suas próteses inferiores.
Zanardi, também um atleta medalhado com o ouro nos Jogos Paraolímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, faz o seu regresso aos circuitos, preparando-se para enfrentar aquele que é um dos mais competitivos campeonatos automóveis da Europa. O seu BMW foi especialmente adaptado, mantendo dessa forma o ritmo de inovações técnicas pensadas para a pilotagem do italiano, como o sistema de travagem de acionamento manual.
Este sistema é totalmente novo, substituindo o anterior que consistia numa combinação de pedal de travão acoplado de forma permanente a uma perna artificial e que Zanardi utilizou em diversas outras competições com carros da BMW. Este sistema requer menos esforço e é mais fácil de operar, de acordo com a marca – a alavanca do travão está situada ao lado da perna direita, na consola central, enquanto o conjunto de pedais deste M4 desaparece, assim, por completo.
O cilindro-mestre do travão foi reajustado para impedir que Zanardi tenha de manusear o sistema com a mesma pressão que um sistema normal instalado em qualquer outro carro do DTM – se nesses, a pressão necessária varia entre os 100 e os 120 kg, no caso do italiano bastam 70 kg de pressão. O carro também conta com travão de parque, podendo acioná-lo a partir de um botão no volante ou de forma mecânica a partir de um atuador na alavanca.
A embraiagem é operada de forma automática, abrindo e fechando a velocidades pré-definidas pela BMW Motorsport em conjunto com o piloto, resultando do trabalho de desenvolvimento contínuo. Assim, o piloto não precisa de utilizar a mão para operar a alavanca da embraiagem. As passagens de caixa, estando o volante munido com patilhas, funcionam de maneira convencional. No entanto, na alavanca do travão existe ainda um pequeno gatilho que lhe permite efetuar reduções enquanto trava.
O volante, porém, adota outras novidades, como por exemplo o anel-acelerador, um anel situado atrás do volante e que o acompanha no seu diâmetro, podendo ser acionado com as duas mãos ou apenas com uma delas – a esquerda ou a direita. Utiliza os mesmos sensores que são necessários para controlar o acelerador de pé normal. Existe ainda alguma trabalho de adaptação deste volante, que foi o mesmo que Zanardi utilizou noutras provas com a BMW, contando no entanto com um botão de DRS para a corrida do DTM.
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