Um dos mais velhos provérbios do desporto automóvel é que ‘para se terminar em primeiro, primeiro há que terminar’. Para Elfyn Evans (Toyota Yaris), líder do Mundial de Ralis (WRC) à entrada da última prova do calendário, o Rali de Monza, com 14 pontos de vantagem sobre Sébastien Ogier (Toyota Yaris), essa foi também a realidade. Ogier aproveitou da melhor forma o despiste de Evans no sábado e consagrou-se campeão da modalidade pela sétima vez.

O piloto galês era visto como o grande candidato ao título, mas um erro na segunda etapa, apanhado desprevenido pelo piso bastante escorregadio pela neve e gelo, fez com que entregasse o comando da prova a Ogier, que liderou até final, conquistando mais um título, o terceiro em marcas diferentes. O francês ainda apanhou um ‘susto’ na superespecial de encerramento – a Power Stage –, quando as escovas do limpa para-brisas do seu Yaris WRC deixaram de funcionar, o que dificultou a visibilidade em condições meteorológicas muito difíceis.

“Foi um fim de semana difícil. Lamento pelo Elfyn hoje. Fizemos uma temporada bastante forte, muito consistente e divertimo-nos bastante a lutar um contra o outro. Estou muito satisfeito e sinto-me bastante privilegiado”, afirmou Ogier, que venceu com 13,9 segundos de vantagem sobre o campeão cessante, o estónio Ott Tanak (Hyundai i20), apenas 1,4 segundos na frente do seu colega de equipa Dani Sordo. Líder na fase inicial do Rali de Mozna, Esapekka Lappi (Ford Fiesta), ficou com o quarto lugar final.

O resultado da Hyundai permitiu à marca sul-coreana celebrar o título de construtores, batendo a Toyota por cinco pontos.