Começando pela “casa das máquinas”, os 141 cavalos deste motor e, mais importante, os 350 Nm de binário que surgem desde muito cedo, permitem ao Tucson mover-se com bastante desenvoltura, apesar de a velocidade máxima ser suficiente (185 km/h) mas algo limitada face ao que a concorrência já oferece.
É um motor suave e silencioso, mas mal ajudado pela caixa de dupla embraiagem (funciona como uma caixa automática) que revela demasiadas hesitações no arranque. Mas, uma vez em movimento, as passagens são suaves e, apesar de algumas relações mais longas, tendo em vista diminuir os consumos, mal se sentem os 1545 quilos de peso. Também o tato algo artificial da direção assistida eletricamente deveria ser revisto.
Os consumos podem considerar-se normais tendo em atenção as características do Tucson, mas distantes dos anunciados pela marca. Apontemos para uma média combinada de 7,5 a 7,8 l/100 km.
Confortável e seguro
O Tucson é bastante confortável, tem um pisar firme, nota-se que é sólido e bem construído e oferece um comportamento seguro, sempre que não percamos de vista que estamos ao volante de um SUV, que tem 1,65 metros de altura e 1, 85 metros de largura.Se àquelas dimensões juntarmos os 4,47 metros de comprimento e um distância entre eixos de 2,67 metros encontramos a explicação para o muito espaço disponível a bordo, ao nível da concorrência. Também a mala está alinhada com a média do segmento, permitindo levar 488 litros de bagagem com os bancos traseiros em posição normal e pneu de socorro ou 513 litros com kit de reparação de furos.
No interior notam-se os esforços feitos pela Hyundai para se aproximar das referências premium do segmento em termos de qualidade de montagem e de materiais, embora o bom coabite com o assim-assim. Mas registamos, por exemplo, os pilares revestidos a tecido ou as extensões das palas tapa-sol, que praticamente encostam ao retrovisor interior (que dispõe de uma bússola sem utilidade aparente num SUV de tração a apenas duas rodas).
Gostamos menos da proliferação de botões na consola central, mas a Hyundai redime-se com uma boa posição de condução, muitos espaços de arrumação, e um vasto equipamento de conforto e de segurança nesta versão Premium.
A lista de itens de conforto é vasta, como os bancos dianteiros de traseiros aquecidos, o ar condicionado “Dual Zone” (regulável independente para o condutor e passageiro), o porta-luvas com refrigeração ou a ajuda ao estacionamento com câmara, entre muito outros.
Na área da segurança (convém recordar que o Tuscon obteve 5 estrelas nos testes Euro NCAP) o modelo coreano dispõe de controlo de travagem em descidas íngremes, sinalização de travagem de emergência, alertas de tráfego em manobras de marcha atrás e da baixa pressão dos pneus, o sistema de ajuda ao arranque em subidas e o sistema VSM, que gere a estabilidade do veículo. Tudo isto além dos costumeiros ABS ou do controlo de estabilidade.
O Tucson é vendido com motorizações a gasolina (1.6 Gdi, de 136 cavalos) a partir dos 28 755 euros e a Diesel. O motor 1.7 CRDi é declinado em versões de 115 – a partir dos 31 924 euros – e 141 cavalos (que custa 40 242 euros). Existe um versão com motor 2.0 CRDi, com potências entre os 136 e os 186 cavalos, incluindo versões de tração integral que custam 55 169 euros.
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