Na estrada com o novo Classe B: Familiar com forte apelo de condução

16/02/2019

A história do Classe B é facilmente definida pelo sucesso. Herdeiro simbólico do Classe A – que evoluiu para um conceito de modelo compacto de cinco portas – o Classe B ficou como um monovolume compacto bastante funcional, pautando-se pela facilidade de condução e estilo tipicamente Mercedes-Benz. Agora, na nova geração, tudo aprimorado.

A funcionalidade, o espaço a bordo, a condução e, sobretudo, a tecnologia assumem um papel muito maior no novo Classe B, resultando num produto altamente competente numa grande amplitude de utilizações – até mesmo porque a condução está bastante mais dinâmica, surpreendendo quem olha e pensa que não pode tirar gozo de um monovolume compacto como este.

Esse terá sido um dos objetivos da equipa de desenvolvimento do novo Classe B, que apostam neste modelo para captar uma nova faixa de clientes – jovens famílias -, mantendo os anteriores clientes que, por exemplo, apreciavam a facilidade de acesso e saída do veículo. Fá-lo sem penalizar no estilo, aproximando-se das linhas do Classe A, com que pode ser, inclusive, confundido dadas as semelhanças, o que não é desprimor, mas sim um elogio. O desenho foi apurado, merecendo relevância o coeficiente aerodinâmico de 0,24 contra os 0,25 do modelo anterior.

Carroçaria compacta (4419 mm) e distância entre eixos folgada (2729 mm), o Classe B tem como premissa a vida familiar em conforto, demarcando-se pela facilidade de utilização tecnológica concedida pela interface intuitiva oferecida e da capacidade de adaptação do sistema MBUX que assenta em gráficos de alta resolução, comando de voz “Olá Mercedes” e ecrã tátil de série (com três configurações possíveis de instrumentação/ecrã central).

Assim, há com dois ecrãs de 7 polegadas (17,78 cm) de série, um ecrã de 7 polegadas e outro de 10,25 polegadas (26 cm) e versão Widescreen com dois ecrãs de 10,25 polegadas ao comprimento do tablier, bastante mais estilizado. Também há uma versão disponível com mostrador Head-up.

Ao volante, em posição de condução elevada (mais 90 mm do que no A), é fácil de observar a estrada e os arredores, destacando-se ainda pelo conforto geral e pela boa insonorização geral em todas as circunstâncias (mesmo ao ralenti com o motor Diesel). Ainda a este respeito, nota-se o cuidado com os materiais a e boa qualidade de construção, a que se juntam detalhes como a iluminação ambiente variável, num habitáculo que decalca, em muitos aspetos, aquele que se pode encontrar no Classe A, o que não é de estranhar até porque partilham plataforma e muitos componentes. A bagageira oferece 445 litros na configuração base, alcançando os 1540 litros com o rebatimento dos bancos traseiros.

Ao volante

Em evento de lançamento nacional, pudemos experimentar praticamente toda a gama, com o destaque a ir para as versões B 180 d e B 200 d.

Além dos três motores referidos no texto principal, nota ainda para a existência de versão B 220 d de 190 CV com a nova caixa 8G-DCT e de uma variante destinada às frotas, na forma do B 160 d, que terá caixa manual.

Variante que continuará a ditar leis, a B 180 d recorre a motor 1.5 turbodiesel de 116 CV, que tem funcionamento suave e mais do que suficiente para movimentar o Classe B com destreza, até porque a caixa automática de sete velocidades oferece adequação às exigências da condução. Sobretudo, merece reconhecimento pela sua elasticidade e funcionamento eficaz, tirando partido dos 260 Nm de binário disponíveis às 1750 rpm. Não será um velocista, mas não mostra debilidades em andamento vivo, ajudando a condução despreocupada. Por enquanto, apenas estará disponível com caixa automática, mas em junho terá uma caixa manual que fará baixar o custo base.

Mais potente, a variante B 200 d assume já um pendor mais dinâmico, graças aos 150 CV e 320 Nm às 1400 rpm do motor 2.0 litros de quatro cilindros, possibilitando ganhos de velocidade bastante rápidos e dinamismo reforçado, até pela eficiência da nova caixa de velocidades automática de oito velocidades, com funcionamento irrepreensível e boa leitura das necessidades do condutor em cada momento. O consumo, com uma condução mais ou menos cuidada, pode ficar facilmente na casa dos cinco litros e meio, o que é interessante para uma mecânica com 150 CV. Na função ECO dos modos de condução, é possível condução ‘à vela’, com o motor ao ralenti, poupando assim nos consumos, ganhando-se também assim em comodidade. Este motor – também em variante de 190 CV (B 220 d) – cumpre já a norma Euro 6d, que entrará em vigor em 2020.


Vai poder partilhar o Classe B com um familiar a partir do smartphone


Mas, aliando-se a isso, o Classe B de nova geração tem comportamento de… classe. Amortecimento muito competente num bom misto de conforto e de desportividade, fazendo com que os passageiros possam viajar com agrado e o condutor – quando viaja sozinho – possa tirar partido de um chassis muito equilibrado, com rolamento muito contido da carroçaria e direção que é precisa. Nesta composição geral, a sensação de motricidade é bastante elevada, o que consegue até surpreender.

Nas ligações ao solo, três opções. De série, o Classe B dispõe de suspensão Conforto, havendo ainda a opção de receber suspensão Conforto Rebaixada em 15 mm (com linha AMG) e uma mais evoluída suspensão com amortecimento seletivo (opcional), que regula a firmeza do amortecimento.

É proposto com três linhas de equipamento, com a Style a ser a base, evoluindo para a Progressive (com jantes de liga leve de 17 polegadas e saídas de escape cromadas, por exemplo) e com a Linha AMG no topo, esta última com jantes de 19 polegadas, grelha desportiva e outros elementos de aparência mais desportiva. A abertura elétrica da tampa da bagageira é de série, melhorando a funcionalidade, embora a abertura por movimento de pé apenas está disponível com o pack opcional Keyless Go.

O lançamento, feito oficialmente a 16 de fevereiro, assenta nas variantes B 180 d, B 200 d e B 200, com os preços das versões de acesso a serem bastante aproximadas, numa ideia de que o cliente poderá optar entre um Diesel para viagens mais longas (o B 180 d) e uma motorização a gasolina mais potente (a B200).

Em suma, o primeiro contacto nacional com o Classe B (já o tínhamos conduzido na apresentação internacional) demonstra que esta gama sofreu uma grande evolução generalizada, trazendo consigo mais tecnologia, maior eficiência de motorizações e maior prazer de condução, com passagens em curva bastante velozes. Tudo isso embrulhado num formato de visual desportivo que não prejudica a utilização em família, com espaço atrás mais do que suficiente e bagageira de dimensões aceitáveis para um monovolume compacto.

ModelopotênciaConsumo médioEmissões CO2Preço base
B 180 d 7G-DCT116 CV3,9 l/100 km104 g/km 35.100€
B 200 d 8G-DCT150 CV4,4 l/100 km115 g/km42.250€
B 220 d 8G-DCT190 CV4,4 l/100 km116 g/km47.900€
B 200 7G-DCT163 CV5,5 l/100 km126 g/km 34.750€

 

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