Apelidado pelos responsáveis da Land Rover como o ‘rei dos todo-o-terreno’, o novo Defender está já pronto para chegar ao mercado nacional, prometendo uma melhoria vincada das suas capacidades estradistas, mas também em percursos de todo-o-terreno, no qual tem um missão a cumprir: bater aquele que é considerado como o seu maior rival, “o anterior Defender”.

A referência foi feita na conferência de apresentação ibérica do novo modelo da Land Rover pelo Presidente e Conselheiro Delegado da Jaguar Land Rover Ibérica, Luis Antonio Ruiz, admitindo que ao novo Defender caberá a tarefa de superar o legado histórico do anterior Defender, um exemplo de longevidade e de robustez na indústria automóvel.

Porém, seguindo as tendências do mercado e as exigências ambientais e de segurança, também o ícone do escapismo teve de se adaptar, evoluindo fortemente sobretudo ao nível da estética, sendo apontado como o Defender 2.0 e “o rei de um segmento”. Apesar do visual mais polido, o novo Defender é descrito ainda como o “melhor e o mais capaz Defender da história de Land Rover”, tirando partido da nova plataforma D7X, que permite um aumento da resistência do chassis, mas também uma melhoria tecnológica apreciável a todos os níveis, quer nos sistemas de segurança, quer na conectividade.

Um dos pontos destacados pelos elementos da marca é suspensão independente pneumática (com 500 mm de curso), a que se junta o sistema Total Terrain para aventuras longe do asfalto. Para esses momentos, o novo Defender vale-se ainda de ângulos de ataque e de saída muito generosos, de 38º e 40º, respetivamente, a que se junta um ângulo ventral de 31º/28º, consoante a carroçaria. A capacidade de ‘escalar’ subidas permite-lhe galgar caminhos com até 45º de inclinação. Já os percursos de água também não atemorizam este modelo que já tem presença assegurada no novo filme de James Bond (cuja estreia foi adiada devido à pandemia de Covid-19).

Para responder aos seus objetivos de todo-o-terreno, o Defender foi projetado com radiadores mais altos e mais para o interior do compartimento dianteiro, o que lhe permite ser mais agressivo ao proteger melhor aqueles elementos. Entre os testes de desenvolvimento, a marca observou que o ponto de rutura está nas 18 toneladas, podendo também rebocar um máximo de 3720 kg.

As barras do tejadilho têm uma capacidade albergar até 168 kg em movimento e 300 kg quando parado, o que é importante para montar a tenda superior AutoHome. A caixa de velocidades conta com redutoras e o sistema Trail Response 2 tem ainda a particularidade de se adaptar automaticamente ao tipo de piso em que circula, além de ser configurável ao nível dos diferenciais ou da atuação do motor, por exemplo. Já o guincho dianteiro (com controlo remoto) tem uma força de tração de quatro toneladas.

Em termos de modularidade, destaque para as diferentes carroçarias disponíveis e para o facto de poder contar com uma primeira fila de bancos corrida em configuração interior 3+3. A marca adianta que o seu “produto estrela” será ainda a tenda AutoHome, que pode albergar duas pessoas e um máximo de 300 kg. Essa é apenas um dos muitos elementos de personalização que os clientes podem escolher para o novo Defender, que terá ainda opções de quatro packs diferentes de equipamento (cada um orientado para um estilo de vida), nomeadamente os Explorer, Adventure, Country ou Urban. Outros itens opcionais são câmara traseira ClearSight (que projeta imagens da retaguarda no espelho retrovisor) ou as luzes LED Matrix. As jantes variam entre as 18 e as 22 polegadas.

A nível de conectividade, conta com o sistema multimédia Pivi Pro de nova geração, mais intuitivo e com atualizações de software ‘over-the-air’, procurando ser mais funcional.

As motorizações em Portugal terão nesta primeira vaga duas opções Diesel e duas a gasolina, com as primeiras a abarcarem unidades de 2.0 litros com 200 CV (D200) ou 240 CV (D240) e as segundas com unidades de 2.0 litros com 300 CV (P300) e de seis cilindros em linha de 3.0 litros com 400 CV (P400), este último com a particularidade de contar com um sistema ‘mild-hybrid’ de 48 V. Todas as versões terão caixa automática de oito velocidades.

O Defender 110 já está no mercado para venda, ao passo que o Defender 90 (mais curto) chega no final do ano. A versão comercial Hard-Top (comercial) não será comercializada nos mercados espanhol e português, com a Jaguar Land Rover Iberia a entender que são tipologias que não se adequam aos padrões profissionais dos clientes portugueses e espanhóis. Os objetivos de venda são os mais realistas possíveis, com a produção afetada pela pandemia de Covid-19 a limitar a disponibilidade perante as encomendas. Luis Antonio Ruiz adiantou mesmo que “os que estão produzidos estão vendidos”.

Os preços para o novo Defender 90 arrancam nos 81.812€, enquanto o Defender 110 tem um preço base de 89.187€.

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