A Audi vai renovar o Q5 com uma série de apetrechos tecnológicos e estéticos que irão conferir ao SUV médio da marca alemã uma pose mais robusta e moderna, tanto por dentro, como por fora, com destaques como o sistema de infoentretenimento MMI Touch de nova geração e faróis digitais OLED para as versões de topo.

Exteriormente, o Q5 incorpora os mais recentes apontamentos estéticos da Audi, com grelha dianteira octagonal ‘Singleframe’ que é imagem de marca dos SUV da marca de Ingolstadt, de aparência mais larga com entradas de ar laterais trapezoidais. Na versão S line e Edition 1, a grelha tem padrão ‘ninho de abelha’ e faróis Matrix LED que apenas estavam reservadas para as edições de topo. Na traseira, há um novo elemento cromado entre os farolins e um novo difusor inferior com acabamento em prateado Selenite, alumínio escovado ou preto Titanium.

As dimensões exteriores são praticamente as mesmas, embora com algumas diferenças, como no comprimento, que é 19 mm maior, para um total de 4,8 metros no renovado Q5, embora a largura (1,89 m) e altura (1,66 m) não se tenham alterado. A distância entre eixos é de 2,82 metros, igualmente sem alterações. As jantes podem chegar às 21 polegadas, com unidades da Audi Sport em opção.

OLED é novidade de ponta

O Audi Q5 tem também o privilégio de receber iluminação OLED de nova geração, recorrendo à tecnologia de Diodos Orgânicos Emissores de Luz, mais eficiente até do que a iluminação LED para um foco de luz homogéneo. Além disso, são ainda mais flexíveis em termos de design, com os engenheiros e designers da Audi a criarem diferentes luzes e assinaturas a partir de uma única peça.

Interior tecnológico

No interior, o Q5 recorre à nova geração do sistema MMI Touch, com um ecrã tátil de 10.1 polegadas contra as unidades de 7.0 ou de 8.3 polegadas do modelo que está à venda. O comando rotativo na consola central, entre os dois bancos, que servia comando e de atalho para o sistema MMI desapareceu, permitindo, por outro lado, um outro espaço de arrumação.

Com recurso à terceira geração plataforma modular de entretenimento (MIB3), o novo processador do sistema permite um poder de computação dez vezes superior à do antecessor, com ‘feedback’ acústico perante os toques no ecrã. Também pode agora acatar comandos vocais, incluindo aceder à nuvem no sistema MMI Navigation Plus para melhorar a compreensão das instruções vocais.

Os dados da navegação, entre outros, aparecem também na instrumentação digital do Audi Virtual Cockpit, com 12.3 polegadas, sendo personalizável a partir do MMI. Comum aos modelos Q5 é agora o Audi Smartphone Interface, que permite acesso direto às aplicações do smartphone. O Audi Connect, que é propício para a conectividade, surge no pack de navegação, podendo assim estar ligado à Internet e às infraestruturas, permitindo também imagens por satélite providenciadas pela Google Earth, informações em tempo real de trânsito e estimativas de tráfego. A conectividade de Internet permite ainda mais de 80 mil funcionalidades para o serviço Alexa da Amazon, destinado às ‘smart homes’.

Os bancos são também renovados, bem como os seus revestimentos, podendo ser de estilo desportivo com revestimento em Alcantara ou couro, consoante o modelo.

A lista de assistentes de segurança é também muito larga, com elementos de série como os sensores de estacionamento nas duas extremidades com câmara traseira, cruise control, sistema Pre Sense de alerta e mitigação de colisão dianteira e assistente de controlo na descida (hill descent control). Outros sistemas mais avançados estão disponíveis nos modelos de topo, incluindo os de alerta de objeto no ângulo morto ou assistente de manutenção na faixa de rodagem.

A gama de motores foi igualmente revista, com blocos TDI e TFSI melhorados, incluindo a versão Plug-in Q5 TFSIe Plug-in, com duas opções de potência, embora os primeiros modelos do Q5 tenham apenas disponível a versão 40 TDI quattro, com motor 2.0 TDI de quatro cilindros e potência aumentada dos 190 CV para os 204 CV, com um binário de 400 Nm.

A motorização turbodiesel de última geração está de acordo com a norma eficiência Euro 6d, beneficiando de tecnologia de doseamento duplo de AdBlue em dois momentos diferentes do processo de escape para redução das emissões de NOx. Ao mesmo tempo, é mais de 20 kg mais leve do que a unidade interior, graças a medidas de ‘dieta’ eficazes para que, em associação com a caixa automática S tronic de sete velocidades possa acelerar dos zero aos 100 km/h em 7,6 segundos. Este motor tem um consumo balizado entre os 5,3 e os 5,4 l/100 km para emissões entre os 139 e os 143 g/km.

Outras duas tecnologias são também importantes para a redução de emissões e consumos nos TDI, como o sistema de eletrificação simples ‘mild hybrid’ (MHEV) e a mais recente versão de tração integral quattro. Com um motor de arranque/gerador por correia (BSG), o sistema recupera energia nas fases de travagem para acumulá-la numa bateria compacta de iões de lítio de 12 volts, que lhe permite circular com o motor desligado até aos 160 km/h e ativar o sistema start-stop em velocidades a partir dos 20 km/h.

Quanto ao sistema quattro, a unidade de comando avalia as condições de motricidade e desativa o eixo traseiro caso detete que tal não é necessário. Assim, toda a energia do motor pode ser direcionada para o eixo dianteiro. Se as condições assim o ditarem ou se o condutor assim o desejar, duas embraiagens conectam as rodas traseiras ao veio de transmissão em milésimos de segundo. Em muitos casos, isso acontece de forma preditiva, antecipando as necessidades.

A suspensão foi igualmente melhorada, dispondo de afinação mais firme nos níveis S line e Edition 1. A suspensão pneumática adaptativa estará também disponível para os modelos de topo, podendo variar a altura ao solo em cinco medidas, para assim permitir idas por fora de asfalto ou maior agilidade. O sistema Audi drive select com diferentes modos de condução também interferem no acerto do chassis.

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