Indo ao encontro dos desejos de muitos entusiastas dos ‘track days’, a divisão americana da Honda lançou um motor de substituição completo do Civic Type R para todos os que pretendem criar carros específicos para as visitas aos circuitos. Denominado ‘Crate Engine’ (algo como motor num caixote em tradução livre), o bloco vem acompanhado de todos elementos necessários para a sua montagem noutro carro, sendo denominado ‘Controls Package’.

A ideia da Honda é que os entusiastas dos circuitos possam levar a cabo os seus projetos de transformação de forma mais simples, uma vez que o agora lançado ‘Controls Package’ vem completo com a respetiva cablagem, caixa de fusíveis, acelerador e centralina programa pela Honda Performance Development (HPD), divisão que compete ao mais alto nível nos Estados Unidos da América.

O motor é exatamente o mesmo do Civic Type R que se pode encontrar à venda nos concessionários da Honda, com 2.0 litros de cilindrada, sobrealimentado e com 320 CV de potência e 400 Nm de binário. Este ‘Crate Engine’ não é propriamente uma novidade, já que a Honda vendia o bloco K20C1 nos Estados Unidos da América desde 2017, embora tivesse apenas o alternador e motor de arranque, a par do bloco e do turbo, que vinham incluídos. A cablagem e a centralina eram elementos em falta, situação que este novo ‘Controls Package’ vem colmatar.

A utilização deste motor em projetos particulares apenas é válida para automóveis exclusivamente para pista ou que não circulem em estradas públicas, faltando homologação para tal.

Dessa forma, a única tarefa para os transformadores é aplicar o motor num automóvel ao seu gosto, embora existam duas condicionantes nesta oferta: a primeira é o preço, tendo um custo total de 9000 dólares e, a segunda, é a sua limitação em número, já que apenas serão oferecidas 93 ‘caixas’ do ‘Control Package’. Os motores serão colocados à venda a partir do dia 1 de maio.

A filosofia de motores ‘em caixas’ num estilo figurado é usado nos EUA ao longo dos anos, com muitos construtores a oferecerem motores mais modernos para aplicação em automóveis mais antigos, o que é mais comum nos ‘muscle cars’. A ideia é possibilitar a modernização dos seus automóveis clássicos a custo contido.

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