Um dos passos mais importantes do desenvolvimento da condução autónoma está na ideias de interação e de cooperação entre os seres humanos e os veículos sem condutor ao volante. Vistos com desconfiança no presente, a Mercedes-Benz quer que esse cenário mude no futuro, tendo para isso revelado um exemplar do Classe S com capacidades cooperativas.

Essa é mesmo a denominação desta montra tecnológica: um “veículo cooperativo” capaz de se adaptar às necessidades dos peões e até demonstrar o seu estado de ‘espírito’ através de um sistema de iluminação de 360 graus e faixas luminosas a azul (no para-brisas, radiador, faróis, espelhos retrovisores e área inferior das janelas) que indicam o seu funcionamento em modo 100% autónomo.

Aliás, uma das ideias da Mercedes-Benz na conceção deste veículo é de que a carroçaria pode ser usada para, precisamente, poder comunicar com os peões, informando-os das intenções do carro autónomo, algo que os peões podem ver de forma clara graças à iluminação no tejadilho. A luz a piscar lentamente quer dizer que o veículo vai travar, enquanto uma luz sempre ligada informa do seu estado autónomo. Se pulsar rapidamente, indica que vai arrancar.

As luzes no tejadilho conseguem também seguir os transeuntes, mostrando que o veículo está ciente da sua presença na via pública, simulando, garante a marca, a sensação “de contacto visual que existiria com um condutor humano”.

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No arranque, os peões são informados de que o veículo está prestes a mover-se graças à movimentação dos espelhos exteriores (que deixam de estar rebatidos), enquanto a traseira e a frente elevam-se por ação da suspensão pneumática. A marca garante que “as pessoas podem entender essa comunicação de forma intuitiva”.

A informação para os peões é particularmente útil, de acordo com a Mercedes-Benz, que realça ter resultados práticos de pesquisa nas instalações de Sinfelfingen e na nova estação de trabalho da Daimler em Immendingen, sob direção de Stefanie Faas. Esta investigação pretende observar como é que as pessoas reagem aos veículos autónomos e aos seus sinais, percebendo que existe um efeito forte na aceitação dos veículos autónomos.

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